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Operadora de Fukushima começa a perigosa remoção de combustível radioactivo

A empresa responsável pela usina nuclear de Fukushima deu o primeiro passo, esta segunda-feira (18), no longo e perigoso processo de desactivação da instalação, extraindo um bastão de combustível do seu recipiente para posterior remoção.

A Tokyo Electric Power, conhecida como Tepco, disse ter transferido o bastão para uma caixa de aço dentro da mesma piscina de resfriamento no edifício altamente danificado em que fica o reactor, dando início ao delicado procedimento sem precedentes de remoção das 400 toneladas de combustível usado altamente radioactivo de dentro do reactor.

Enquanto combate o despejo de água contaminada com radiação ao redor da usina, atingida por um terremoto e tsunami gigante em 2011, a Tepco engaja-se na desactivação de quatro reactores na planta de Fukushima Daiichi. A tarefa pode levar décadas e custar dezenas de bilhões de dólares. A companhia deve cuidadosamente retirar mais de 1500 componentes frágeis e potencialmente danificados do instável reactor número quatro.

A Tepco estima levar um ano para remover todos os bastões de combustível do reactor, embora alguns especialistas digam que esta é uma meta ambiciosa. A caixa de aço tem capacidade para 22 bastões. A transferência dessa primeira leva levará cerca de dois dias e será preciso mais uma semana para transportar a caixa para uma piscina de armazenamento noutro prédio, disse um porta-voz da Tepco.

A retirada dos bastões é urgente porque estão localizados a 18 metros de altura do solo, num edifício tombado e escorado que pode ruir caso for atingido por um novo tremor de terra. Caso os bastões sejam expostos ao ar ou quebrarem, grandes quantidades de gases radioactivos podem ser libertados na atmosfera. Há entre 50 e 70 bastões em cada recipiente, pesando em torno de 300 kg e medindo 4,5 metros de comprimento cada.

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