O número de somalis que não se alimentam o suficiente subiu para 5 milhões, ou mais de quatro de cada dez pessoas, devido à escassez das chuvas, disse a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira, e as crianças são as que correm mais risco de ter a saúde abalada e de morrer.
A cifra aumentou em 300 mil desde fevereiro, afirmou a ONU, em meio a conflitos em andamento entre o grupo militante Al Shabaab e o governo da Somália, que tem apoio da União Africana.
“A situação é de preocupação séria e acontece em um momento no qual já estamos enfrentando múltiplos catalisadores de necessidades, incluindo seca e risco de inundação, conflito e restrição de acesso, assim como a volta cada vez maior de refugiados”, informou a ONU num comunicado.
Dezenas de milhares de refugiados retornaram à Somália depois de partirem de Dadaab, o maior campo de refugiados do mundo e localizado no Quénia, que o governo local continua a planear fechar em Dezembro.
O Quénia diz que Dadaab, que abriga mais de 300 mil refugiados maioritariamente somalis, vem sendo usado como uma base do Al Shabaab em os seus ataques em solo queniano.