Cerca de 200 milhões de crianças não se desenvolvem normalmente nos países pobres devido a uma desnutrição crónica, que também causa um terço da mortalidade infantil no mundo, anunciou o Unicef, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, na quarta-feira.
Um estudo concluiu que a desnutrição, isto é, a ingestão ou absorção de nutrientes essenciais de forma escassa, é um factor que contribui com mais de um terço das mortes de meninas e meninos com menos de cinco anos no mundo.
O flagelo, no entanto, pode ser combatido se a comunidade internacional fizer respeitar seus compromissos relativos à segurança alimentar, à nutrição e à agricultura sustentável, destaca o Fundo das Nações Unidas para a Infância.
“A desnutrição rouba a força das crianças e torna mais perigosas as enfermidades que, de outra maneira, o organismo poderia combater”, disse a directora executiva do Unicef, Ann Veneman. Mais de 90% das crianças que mostram um desenvolvimento deficitário em países em desenvolvimento vêm da África e da Ásia, segundo o informe, intitulado “Revisando os avanços sobre nutrição infantil e materna”.
O Unicef propõe reduzir, se não eliminar a desnutrição pondo em prática soluções de custo razoável como os micronutrientes, sal iodado e suplementos de vitamina A.