Armas estão a ser contrabandeadas entre o Líbano e a Síria, onde um levante popular que já dura 14 meses levou o país à beira duma guerra civil, denunciou a Organização das Nações Unidas (ONU), esta Terça-feira.
A Síria tem dito repetidamente que as armas estão a ser contrabandeadas do Líbano e doutros países para armar os rebeldes que lutam contra o presidente sírio, Bashar al-Assad.
Os diplomatas ocidentais e as autoridades da ONU alegam que embora os rebeldes tenham recebido algumas armas, eles permanecem severamente desarmados.
As forças de segurança mataram pelo menos 10 pessoas nos confrontos pelo país, esta Terça-feira, disseram os activistas.
O mediador internacional, Kofi Annan, a Cruz Vermelha e a Liga Árabe advertiram que o país estava inclinar-se para uma guerra civil.
“Com base nas informações que temos, há razões para acreditar que há um fluxo de armas em ambos os caminhos, do Líbano para a Síria e da Síria para o Líbano”, disse Terje Roed-Larsen, o enviado especial da ONU para implementação duma resolução do Conselho de Segurança que exige o desarmamento da milícia libanesa.
“Não temos observadores independentes para isso, mas estamos a basear o nosso relatório nas informações que estamos a receber duma variedade de fontes”, ele disse aos repórteres depois de discursar para o conselho formado por 15 países.
De acordo com observações de Roed-Larsen, ele disse ao conselho que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, citou às autoridades libanesas a questão da transferência de armas na fronteira durante uma visita recente a Beirute, pedindo para o país intensificar o controle fronteiriço.
As autoridades libanesas apreenderam 60.000 cartuchos de munição escondidos em dois carros num navio cargueiro italiano atracado no porto de Trípoli, norte do Líbano.
Trípoli, uma cidade maioritariamente sunita, tem visto protestos regulares em apoio à revolta contra Assad.