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ONU alerta que o mundo caminha para “crise social global”

O mundo enfrenta uma “crise social global” emergente provocada pelo desemprego generalizado, o elevado preço dos alimentos e combustíveis e outros efeitos da recessão económica de 2008-2009, alertou, esta quarta-feira, a ONU num relatório divulgado em Genebra.

No documento, a ONU adverte, por outro lado, que as políticas de austeridade adoptadas em vários países, designadamente na Espanha e na Grécia, ameaçam o emprego e põem em risco o relançamento das economias, potenciando um agravamento da referida crise social.

O secretário-geral adjunto da ONU para o desenvolvimento económico, o malaio Jomo Kwame Sundaram afirmou que os governos mundiais não estão a conseguir ajudar as 200 milhões de pessoas desempregadas em 2010 e que têm dificuldade em obter alimentos devido ao elevado preço destes.

Segundo Sundaram, a acentuada subida dos preços dos alimentos e dos combustíveis que precedeu a crise financeira mundial fez aumentar o número de pessoas com fome no mundo para mais de mil milhões em 2009, o mais alto de sempre.

E a situação pode ser agravada pelas políticas de austeridade, alerta o relatório 2011 do Conselho Económico e Social da ONU, aconselhando prudência aos governos.

“As medidas de austeridade tomadas por alguns países excessivamente endividados, como a Grécia ou a Espanha, ameaçam o emprego no sector público e a despesa social como tornam a retoma mais incerta e mais frágil”, lê-se no documento.

Em Moçambique está tudo estável?

Enquanto pelo mundo os sinais da crise global não atenuam em Moçambique o Governo afirma que a economia está estável, o dólar desceu para perto dos 30 Meticais – moeda de referência principalmente pelo volume imenso de importações que o país regista – e os preços dos produtos não aumentaram segundo o executivo de Armando Guebuza.

A realidade no país real é no entanto diferente. @Verdade continua a monitorar o preço dos produtos que compõem a cesta básica, base usada como referência para o estabelecimento dos salários mínimos no país, em diferentes locais de venda na cidade e província de Maputo e, relação à semana passada, produtos como arroz, feijão manteiga, peixe de segunda e óleo vegetal, registaram um aumento de preços (VEJA A TABELA COMPARATIVA), contrariando as informações do Governo.

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