Pelo menos 70 pessoas morreram no norte da República Democrática do Congo devido a um surto de gastroenterite hemorrágica, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esta quinta-feira (21), negando que a doença fosse o ébola.
Um relatório da OMS datado de quinta-feira informou que 592 pessoas haviam contraído a doença, das quais 70 morreram. Cinco profissionais de saúde, incluindo um médico, estão entre os mortos.
“Isso não é Ebola”, disse um porta-voz da OMS em e-mail à Reuters , esta quinta-feira. Um padre local, que pediu para não ser identificado, afirmou que a doença afectou várias aldeias e estimou que o número de mortos passava de 100.
O ministro da Saúde do Congo, Felix Kabange Numbi, e uma equipe de especialistas foram enviados na quarta-feira para a região depois de relatos de várias mortes. O surto começou na província remota do Equateur, onde o primeiro caso do Ebola foi relatado, em 1976, levando a especulações de que era a mesma doença, uma vez que já matou mais de 1.350 pessoas em um surto na África Ocidental.
Os sintomas das duas doenças são semelhantes e incluem vómitos, diarreia e hemorragia interna. Mas a taxa de mortalidade deste surto de gastroenterite hemorrágica é muito menor do que o surto do Ebola na África Ocidental: em torno de 12 por cento contra perto de 60 por cento.