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Oito réus condenados em Tete por exumar ossos de uma pessoa albina mas faltam os mandantes

A justiça segue implacável contra os indivíduos que amaçam a integridade física de pessoas albinas em Moçambique. Depois de os tribunais judiciais de Cabo Delgado e Nampula terem condenado os assassinos de dois albinos, dos quais uma criança, a 35 e 40 anos de cadeia, foi a vez do Tribunal Judicial de Tete mandar oito cidadãos para os calabouços por posse de sete ossos de uma pessoa albina, exumados em Chemba, na província de Sofala.

A diferença entre os sentenciados em Cabo Delgado, Nampula e Tete não está só nos anos de penas, mas, também, no facto de nesta última província estarem envolvidas mulheres, que respondem pelos nomes de Ana Cristina, funcionária da Secretaria Provincial de Tete; Odete Luís, membro da Polícia da República de Moçambique (PRM); Luísa Amélia e Ajussa Cassimo.

Elas foram condenadas a 16 anos de prisão maior por terem aconselhado os integrantes do grupo a cometer os crimes arrolados nos autos pela acusação, por falta de arrependimento e sinceridade durante o processo.

Os réus Ângelo Chico e Jacob Simbe deverão ficar 12 anos na cadeia por posse de ossos humanos, o que para o juiz Justo Mulémbwè, da Segunda Secção Criminal Tribunal Judicial de Tete, consubstancia em parte tráfico de órgãos humanos.

Os outros dois réus, que respondem pelos nomes de Eusébio Chapar e Martinho Gouveia foram condenados a oito anos prisão maior por cumplicidade no cometimento do crime em menção e por terem procurado clientes para a venda das referidas ossadas humanas. Os visados, detidos pela Polícia na posse de sete ossos de uma pessoa albina, exumados em Chemba (Sofala), em Dezembro do ano passado, deverão ainda prestar trabalhos socialmente úteis e de limpeza nos jardins da cidade de Tete.

Justo Mulémbwè não teve dúvidas para absolver o nono réu, de nome Gonçalves Manuel, que desempenha a função inspector da Agricultura e Segurança Alimentar, por falta de provas do seu envolvimento no crime que pesava sobre si.

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