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Obama pede a banqueiros que abram a torneira dos créditos

Pouco depois de criticar os “peixes gordos” de Wall Street, o presidente Barack Obama recebeu na segunda-feira dez dirigentes de grandes instituições financeiras americanas, pedindo-lhes que facilitem o acesso ao crédito a particulares e a empresas, como forma de relançar a atividade económica e o emprego.

Barack Obama explicou depois, à imprensa, que solicitou um “compromisso extraordinário” dos líderes financeiros para ajudar a reconstruir a economia do país. Advertiu-os, também, de que não devem bloquear seu projeto de reforma regulatória. “Os bancos dos Estados Unidos receberam assistência extraordinária da parte dos contribuintes americanos para reconstruir sua actividade e, agora que estão outra vez de pé, esperamos deles um compromisso excepcional de reconstrução da economia”, explicou.

Obama conversou pessoalmente com os executivos de Wall Street, entre eles dirigentes da American Express, JP Morgan Chase, Bank of America, Goldman Sachs e Wells Fargo e, por videoconferência, com os que não puderam comparecer. Durante o encontro foi “discutida a retomada económica, a concessão de empréstimos às pequenas empresas, melhores práticas de crédito para particulares e projectos da administração para uma reforma financeira”. Em entrevista à televisão divulgada domingo, Obama criticou os banqueiros, acusando alguns deles de receber bónus enormes enquanto suas empresas são resgatadas por dinheiro do contribuinte.

“Não fui eleito presidente para ajudar um punhado de banqueiros do Wall Street”, disse. A taxa de desemprego dos EUA, apesar de um leve recuo em Novembro, continua em um nível historicamente elevado de 10%. A principal conselheira económica de Obama, Christina Romer, reforçou o discurso domingo dizendo que “pagamos o preço do que acontece em Wall Street”, referindo-se às práticas do sector financeiro consideradas em parte responsáveis pela recente crise económica.

Romer declarou que o presidente falaria com os banqueiros sobre medidas responsáveis que podem adotar para reabrir as torneiras do crédito às pequenas empresas, além de ocupar-se das práticas de remuneração que encorajam as tomadas de riscos e fazer com que os proprietários que emprestaram dinheiro possam assumir responsabilidades para manter suas casas.

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