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Obama lança última advertência antes da falência da GM e da Chrysler

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O presidente americano, Barack Obama, reprovou nesta segunda-feira os planos de reestruturação elaborados pela General Motors (GM) e pela Chrysler e convidou os dois construtores automobilísticos a apresentar “soluções viáveis”, deixando abertamente pairar a ameaça de uma falência.

“Não podemos, não devemos e não deixaremos desaparecer nossa indústria automobilística”, prometeu Obama, apresentando à Casa Branca seu plano de resgate do setor.

O chefe de estado disse que os planos “não vão o suficientemente longe para justificar os novos investimentos substanciais reivindicados pelas duas empresas junto aos contribuintes”.

À beira da falência, a GM e a Chrysler foram socorridas no fim de dezembro pelo Estado Federal, que lhes cedeu 17,4 bilhões de dólares em empréstimos. Em seus planos de reestruturação apresentados em fevereiro, a GM pediu uma ampliação a 16,6 bilhões de dólares e a Chrysler, 5 bilhões de dólares.

Obama deu um ultimato de 60 dias ao primeiro construtor americano para apresentar uma estratégia “viável”. A concorrente Chrysler tem 30 dias para concluir um acordo definitivo com a italiana Fiat, que deve lhe garantir a tecnologia e os modelos dos quais precisa.

Contrariamente ao que havia declarado durante a campanha presidencial, Obama sugeriu que os construtores peçam concordata, conforme o capítulo 11 da lei americana de falências, para ajudá-los a se “reestruturar e a saírem mais fortes da crise, livrando-se rapidamente de suas velhas dívidas”. Para tranquilizar os clientes dos dois grupos, que recusam esta solução, o Estado daria sua garantia aos veículos que saírem de suas fábricas.

Obama reconheceu os esforços de modernização dos construtores, apesar da crise que já custou 400.000 empregos nos EUA em um ano. Mas estes esforços “não vão o bastante rápido”, admitiu. Dirigindo-se aos operários do setor, ele destacou que “há empregos que não poderão ser salvos e fábricas que não reabrirão e que escolhas difíceis terão de ser feitas”.

Para sustentar as vendas em queda no setor automobilístico nos EUA, o presidente prometeu a adoção de medidas fiscais favorecendo a compra de carros “limpos”. Antes do discurso do presidente, o grupo de trabalho dedicado ao setor havia enviado suas conclusões a Obama, prometendo fornecer às duas empresas “um fundo de rolamento” para que pudessem se manter até a data limite que lhes foi fixada.

A GM e a Chrysler estão em situações diferentes, disse Obama, que considerou que o primeiro grupo “pode se recuperar desde que enfrente uma reestruturação fundamental”.

Obama conseguiu a cabeça do presidente da GM, Rick Wagoner, dizendo que o grupo precisa de uma “nova visão e de uma nova direção” sob comando do novo presidente, Fritz Henderson. Para a Chrysler, “a situação é mais difícil, disse o presidente, que prometeu investir até 6 bilhões de dólares se a aliança com a Fiat se concretizar.

O terceiro construtor americano, a Ford, não pediu fundos ao Estado, considerando estar em condições de se virar sozinho. Os planos da administração causaram forte queda em Wall Street, que se preocupa com os riscos de falência da GM ou da Chrysler. A ação da GM abriu em baixa de 30%.

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