O Desportivo de Maputo não se dá bem com o ambiente do Estádio Nacional do Zimpeto. Cenário aproveitado pelo Ferroviário de Maputo para servir a vingança num prato frio: um golo de Luís deitou por terra as aspirações dos alvinegros na Taça de Moçambique. Porém, não foi só o Desportivo que caiu…
“Cá se faz e no Estádio Nacional do Zimpeto se paga”, deve ter sido este o pensamento dos locomotivas depois da derrota do dia 28 de Maio diante dos alvinegros, num campo (Estádio da Machava) onde o Ferroviário de Maputo construiu a sua história. Feridos no seu orgulho e marcados de morte no Moçambola (distantes do título) os locomotivas adiaram a vingança para a segunda volta do campeonato.
Porém, o destino, sempre ele, marcou um encontro para o Estádio Nacional do Zimpeto. Um lugar onde o Desportivo já celebrou o aniversário e recebeu o presente da derrota. Protagonista: Maxaquene. Mas, desta vez o obreiro da má sina alvinegra foi o pé da vingança de Luís.
Num jogo completamente inclinado para a baliza de Leonel, sobretudo no segundo tempo, o Ferroviário só não logrou um resultado histórico porque os seus avançados foram perdulários.
Aliás, Leonel nos postes também brilhou. Por isso, é justo dizer que os locomotivas passaram ao lado da história. Ou seja, Jerry marcou o primeiro golo naquele campo; Maxaquene foi o primeiro clube a vencer; Liberty o primeiro jogador a marcar pelo Moçambola e os locomotivas poderiam ter sido a primeira equipa a golear no Zimpeto.
Outros jogos
O Ferroviário de Beira está de volta, o Costa do Sol não desarma e o Vilankulo FC volta a ter a sorte do seu lado. O HCB de Songo caiu no prolongamento aos pés do Chingale. O Maxaquene continua sem dar facilidades aos adversários nesta taça.
Os tricolores bateram o 1o de Maio por 4-0, com golos de Hélder Pelembe e Liberty. Uma vitória simples e efi caz, edifi cada pelo pé direito do zimbabweano: ao Maxaquene de Arnaldo Salvado não se podia pedir mais. Quatro golos marcados, zero sofridos. Tudo dito, tudo rápido e efi ciente.
Na zona centro aparece o Chingale de Tete. Reagiu com um triunfo ao poderio orçamental do HCB de Songo, graças a um golo de Alone, aos 106 minutos do prolongamento. Na Beira houve goleada. O Ferroviário local triturou literalmente o Matchedje da mesma cidade. Uma mão e mais um dedo servem para ilustrar o número de golos que os militares sofreram.
Em Maputo, o Costa do Sol. Turbilhão de emoções no 1o de Maio. Os canarinhos suaram as estopinhas para vergar o Clube de Gaza.
Tudo poderia ter corrido bem aos locomotivas ao longo do país. Porém, o destino colocou frente a frente os ferroviários de Nampula e de Pemba. Os nampulenses ganharam pela margem mínima. O Ferroviário de Pemba perdeu e com isso deixou a Taça de Moçambique. Quem também continua na prova é o Palmeiras de Quelimane que bateu os Leões de Vumba por 3 a 0.
O Sporting de Nampula também avança na prova: fê-lo graças à UP de Niassa. Mas só conseguiu qualifi car-se no prolongamento.