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O mandato dos monitores na Síria termina mas as mortes continuam

As forças sírias deixaram uma cidade dominada por rebeldes, cumprindo um cessar-fogo local, disseram os moradores do local onde termina o mandato dos monitores da Liga Árabe na Síria.

Pelo menos 20 pessoas, incluindo dois oficiais do Exército, morreram em várias partes da Síria, elevando a mais de 600 o total de mortos desde a chegada dos observadores estrangeiros.

Uma insurgência armada está a consolidar-se em algumas áreas, num endurecimento duma onda de protestos inicialmente pacíficos contra o presidente Bashar al Assad, iniciada há dez meses.

Na localidade de Zabadani, os moradores disseram que os tanques e os soldados que sitiavam a cidade recuaram depois dum acordo que encerrou vários dias de combates, segundo um dirigente da oposição.

Dezenas de blindados que cercavam Zabadani, estância montanhosa perto da fronteira com o Líbano, retiraram-se para guarnições a oito quilómetros de distância, disse à Reuters o líder da oposição, Kamal al Labwani.

O mandato da missão dos monitores da Liga Árabe expira, Quinta-feira, e os chanceleres do bloco reúnem-se, Domingo, para discutir o que fazer, e não há opções claras à vista, segundo fontes da entidade. Uma fonte da Liga Árabe disse, esta semana, que a Síria poderia autorizar a permanência dos monitores, mas sem ampliar o seu mandato.

A oposição síria tem se queixado de limitações impostas ao trabalho dos monitores, que deveriam acompanhar a implantação dum plano de paz, definido em Novembro, que prevê a desmilitarização das cidades, a libertação dos manifestantes presos e a instauração dum diálogo nacional.

O líder da Irmandade Muçulmana da Síria disse que as potências globais deveriam intensificar a pressão sobre Assad, inclusive com a instituição das zonas de exclusão aérea e de “refúgios” para ajudar a oposição.

“A comunidade internacional deveria assumir a posição correcta (…), deveria isolar completamente esse regime, retirar os seus embaixadores e expulsar os embaixadores do regime”, disse Mohammad Shaqfa à Reuters ao telefone.

Assad, cujo pai e antecessor esmagou uma revolta da Irmandade em 1982, diz que a Síria está a enfrentar uma conspiração internacional que usa militantes islâmicos para destruir um bastião do nacionalismo árabe.

“O país é capaz de superar as actuais condições e de construir uma Síria forte”, disse Assad, segundo a agência estatal de notícias Sana, a uma delegação da autointitulada Iniciativa do Povo Árabe para Combater a Intervenção Estrangeira na Síria.

O Conselho de Segurança está dividido sobre o que fazer quanto à Síria, já que a China e a Rússia bloqueiam qualquer medida que elas vejam como prenúncio de uma intervenção militar.

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