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Nyusi “força” LAM, Aeroportos e Petromoc a carregarem o Moçambola “de todos contra todos”

Nyusi “força” LAM

Em ano de Eleições Gerais o candidato do partido Frelimo e Presidente de Moçambique “forçou” as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), os Aeroportos de Moçambique e a Petromoc a carregarem o deficitário campeonato nacional de futebol no sistema de todos contra todos, cujo pontapé inicial está marcado para 27 de Abril na Cidade da Beira. São mais de 60 milhões de Meticais que superam todo dinheiro alocado as restantes 35 Federações desportivas.

Após vários avanços e recuos com negociações e renegociações pelo meio a Liga Moçambicana de Clubes LMF, com o apoio do “adepto fervoroso” Filipe Jacinto Nyusi, conseguiu materializar um campeonato nacional onde 16 clubes vão disputar o título no sistema de todos contra todos em duas voltas. Após a Assembleia Geral extraordinária que chancelou o regresso ao figurino tradicional o presidente da LMF, Ananias Couana agradeceu “o apoio e todas as intervenções de Sua Excia Presidente da República, que, uma vez mais, oportunamente interveio junto das empresas do Estado para garantir o transporte aéreo dos clubes do Moçambola”.

O @Verdade apurou que o Chefe de Estado instruiu as LAM, Aeroportos de Moçambique e a Petróleos de Moçambique a continuarem a cavar buracos nas suas deficitárias contas, as empresas estão em falência técnica, para materializar a apelidada “maior festa desportiva dos moçambicanos” mas que não consegue gerar receitas para a sua sustentabilidade e nem sequer fazer surgirem jogadores que carreguem as equipas e as selecções para troféus continentais.

O défice da LMF era de pelo menos 62 milhões de Meticais relativo as deslocações aéreas dos clubes. O @Verdade apurou que engenharia passou pelo patrocínio das passagens aéreas pelas LAM, os Aeroportos “patrocinarem” diversas taxas aeroportuárias que encarem ainda bilhetes enquanto a Petromoc, através da sua parceira PUMA, “patrocina” os combustíveis e lubrificantes que mantém os aviões no ar.

A intervenção de Filipe Nyusi enquadra-se na sua política de futebol e cerveja, único produto que não aumentou de preço desde o início da crise em Moçambique, e que o levou mesmo a “pidir” a multinacional Heineken que viabilizasse o Moçambola de unidade nacional e não no modelo de uma série do Sul e outra do Centro/Norte.

Entretanto, para tentar manter o campeonato financeiramente sustentável, na Assembleia Geral extraordinária deste sábado (13) em Maputo foi ainda aprovada a redução progressiva de clubes, em 2020 serão 14 equipas e em 2021 somente 12 disputarão o Moçambola.

O pontapé inicial do campeonato ficou marcado para o dia 27 de Abril na Cidade da Beira onde irão enfrentar-se o campeão, União Desportiva de Songo, e o promovido Têxtil do Púnguè.

Confira as restantes partidas sorteadas para a 1ª jornada:

Incomati X Ferroviário da Beira

Ferroviário de Nacala x Desportivo de Maputo

Liga Desportiva de Maputo X Ferroviário de Maputo

Maxaquene X ENH de Vilankulo

Baía de Pemba X Costa do Sol

Ferroviário de Nampula X Desportivo de Nacala

Textáfrica de Chimoio X Clube de Chibuto

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