Mais de 146.000 pessoas, sendo mais de um terço de civis, foram mortas na Síria desde o início do levante que se transformou em uma guerra civil e já entra no quarto ano este mês, disse, esta quinta-feira (13), o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Os últimos números da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgados em Julho de 2013, colocam o número de mortos em pelo menos 100.000, mas a organização afirmou em Janeiro que iria suspender a actualização, uma vez que as condições no país tornavam impossível fazer estimativas precisas.
A Reuters não pôde fazer uma verificação do total de 146.065 publicado pelo Observatório, grupo com sede no Reino Unido e contrário ao governo sírio que usa uma rede de fontes espalhadas pela Síria para registar a violência.
A revolta contra o presidente Bashar al-Assad começou em Março de 2011, com protestos pacíficos pelas ruas do país, mas que evoluíram para uma insurgência armada depois de uma forte repressão por forças de segurança do país.
A escalada de violência levou a uma guerra civil com dimensões de conflito sectário. O Observatório Sírio de Direitos Humanos afirmou ter contado cerca de 36.000 mortes de rebeldes, incluindo combatentes da Frente Nusra, ligada à rede Al Qaeda, e o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, uma dissidência da Al Qaeda com muitos combatentes estrangeiros.
Segundo o grupo, mais de 56.000 do total de mortos são de forças pró-Assad, incluindo 332 do Hezbollah, grupo xiita muçulmano do Líbano, e 459 combatentes xiitas de outros países.
O Observatório disse, no entanto, que o número verdadeiro em ambos os lados provavelmente é muito maior, talvez de 60.000 a mais. Segundo o grupo, ambos os lados tentam omitir as mortes, tornando muito difícil verificar esse número.