O número de mortos no pior surto do Ébola já registado chegou a 3.338 pessoas, em 7.178 casos na África Ocidental até 28 de setembro, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS), esta quarta-feira (1).
A OMS disse que o número total de novos casos caiu pela segunda semana consecutiva, mas advertiu que os novos dados não representam uma boa notícia, uma vez que provavelmente estão subestimados.
“A transmissão continua persistente e difundida em Guiné, Libéria e Serra Leoa, com firme evidência de crescente incidência de casos em vários distritos”, disse a OMS num comunicado.
Apesar de a propagação da doença aparentemente ter se estabilizado em Guiné Conacri, onde a epidemia começou, “deve ser enfatizado que no contexto de um surto do vírus Ébola, um padrão estável de transmissão ainda é uma preocupação grave, e pode mudar rapidamente”, acrescentou.
Os dados da OMS, com base em números dos Ministérios da Saúde dos países, mostram que 710 pessoas morreram em Guiné Conacri, 1.998 na Libéria e 622 em Serra Leoa. Também houve 8 mortes na Nigéria. O relatório da OMS disse que Guiné e Serra Leoa registaram casos em distritos que ainda não tinham sido afectados na fronteira com a Costa do Marfim.
Na Libéria, ainda há “provas convincentes obtidas a partir de socorristas e pessoal de laboratório no país que há uma generalizada subnotificação de novos casos, e que a situação na Libéria e em Monróvia, em particular, continua a deteriorar-se”. Dois laboratórios móveis da Marinha dos EUA chegaram à Libéria e podem começar a operar a 5 de Outubro, enquanto uma equipe chinesa em Serra Leoa começou a realizar até 20 exames por dia em Freetown.