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Número de mortos nos ataques à capital da Bélgica sobe para 35 pessoas, diz ministra da Saúde

O número de mortos dos ataques a bomba de terça-feira passada no aeroporto da capital da Bélgica e a um vagão do metropolitano subiu para 35 pessoas, disse a ministra da Saúde belga, Maggie De Block, nesta segunda-feira. O número inclui os três suspeitos homens-bomba. Mais de 300 pessoas ficaram feridas.

“Quatro pacientes morreram no hospital. Equipes médicas fizeram tudo que era possível. Total de vítimas: 35. Coragem para todas as famílias”, disse a ministra em publicação no Twitter.

O centro de crises da Bélgica já havia informado anteriormente que 28 das vítimas foram identificadas. Destas, 15 pessoas morreram no aeroporto, sendo seis belgas e nove de outros países. Das 13 vítimas da explosão no metropolitano, dez eram belgas e três estrangeiras.

A Bélgica ainda não publicou as identificações oficiais nem a lista de falecidos. Os que acreditam ter perdido algum ente querido colocam os seus nomes numa lista do governo belga e ficam no aguardo de informações mais precisas. Aos poucos, embaixada, ministérios e as próprias famílias vão revelando os seus nomes e as suas histórias.

Uma delas é a da espanhola, que também tinha nacionalidades italiana e alemã: Jennifer Scintu Waetzmann, de 29 anos. Casada com o alemão Lars Waetzmann há menos de um ano, eles preparavam-se para viajar para os Estados Unidos da América em passeio. Lars ficou ferido e está em coma.

A italiana Patricia Rizzo, de 48 anos, foi identificada como uma das vítimas do atentado na estação de metropolitano. Funcionária da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA), ela era casada e tinha uma filha. Um familiar confirmou a sua morte nas redes sociais.

Outra vida perdida foi a de Adelma Marina Ruiz era uma delas. A peruana, de 36 anos, era casada com o belga Christophe Delcambe com quem tinha gémeas. Eles estavam no aeroporto para ir a Nova York encontrar a mãe dela. Maureen, uma das filhas, e o seu marido estão hospitalizados. Alondra, a outra gêmea, saiu ilesa. Adelma era chef de cozinha e planeava abrir um restaurante peruano em Bruxelas.

Dois americanos também faleceram no duplo atentado, segundo o Departamento de Estado dos Estados Unidos, assim como três holandeses, o casal de irmãos Alexander e Sascha Pinczowski, que viviam em Nova York e estavam a visitar os pais na Bélgica, e Elita Weah, de 41 anos, que estava a ir para o enterro do sogro em Boston, de acordo com a rede de TV “NOS”.

O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido, pela sua vez, confirmou a morte do britânico David Dixon. O programador de computador, de 53 anos, vivia em Bruxelas com a sua mulher e o filho de 7 anos, segundo a imprensa britânica. Ele falou com a esposa logo depois do atentado ao aeroporto e disse que estava bem, por isso a família acredita que ele tenha morrido no ataque ao metropolitano.

A embaixada da China na Bélgica informou que um cidadão chinês está entre os falecidos, mas não deu detalhes. O Ministério das Relações Exteriores da França identificou um francês entre os mortos, além de 12 feridos.

O Ministério das Relações Exteriores da Bélgica notificou a morte do ex-diplomata franco-belga André Adam, de 79 anos, que vivia em França. Ele foi embaixador da Bélgica nos Estados Unidos da América, no Zaire e na Argélia, cônsul-geral em Los Angeles e representante permanente perante a ONU.

À trágica lista de falecidos soma-se uma cidadã marroquina, morta no ataque ao metropolitano. Há ainda pelo menos três belgas falecidos em Maelbeek: Olivier Delespesse, de 45 anos, professor de uma escola de ensino médio e funcionário da Federação Valônia-Bruxelas; Léopold Hecht, de 22 anos, estudante de Direito na Universidade de Saint-Louis, e cuja família doou os seus órgãos; e Loubna Lafquiri, que era professora e mãe de três crianças.

No aeroporto estava o belga Bart Migom, estudante de 21 anos e morador de Diksmuide, na Bélgica. Ele apanharia um voo para os Estados Unidos da Américapara visitar a sua namorada, Emily Eisenman, com quem tinha conversado logo após chegar ao terminal. O pai de Bart confirmou na quinta-feira o seu falecimento e a Escola de Bruges, onde ele estudava publicidade, suspendeu as aulas.

Outra vítima foi Lauriane Visart, de 27 anos. De acordo com o jornal “Le Vif”, ela estava no metropolitano e era filha do jornalista económico da rede de TV pública francófona “RTBF” Michel Visart. Além disso, Fabienne Vansteenkiste, de 51 anos, que trabalhava no aeroporto teve a sua morte confirmada ontem pela filha no Facebook.

O trabalho da identificação das vítimas ainda levará tempo, de acordo com o porta-voz da Polícia Federal da Bélgica, Michaël Jonniaux. Segundo ele, por se tratar de uma “catástrofe aberta”, não há listas com os nomes das pessoas que estavam no metro ou no aeroporto, como normalmente ocorre num acidente aéreo, por exemplo. Outro factor que dificulta o trabalho dos especialistas é o fato de as explosões terem sido particularmente violentas, fazendo com que haja restos mortais espalhados, somado ao fato do grande número de nacionalidades.

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