O político libanês Tammam Salam foi nomeado primeiro-ministro, este Sábado (6), depois de ter obtido amplo apoio parlamentar e comprometer-se a costurar as profundas divisões do país e protegê-lo dos perigos da guerra civil na vizinha Síria.
Salam foi designado para o cargo depois da renúncia do primeiro-ministro Najib Mikati, cujos dois anos de mandato foram dominados pelos esforços para conter as tensões sectárias no país, a violência e as consequências económicas do conflito sírio.
A sua tarefa imediata, se for capaz de formar um gabinete aceito por todas as forças políticas rivais no Líbano, será promover as eleições parlamentares que devem ser realizadas em Junho, mas cujos preparativos estão atrasados.
O conflito na Síria tem exacerbado as tensões no Líbano, que travou uma desastrosa guerra civil de 1975 a 1990. Os políticos rivais sunitas, xiitas e cristãos não conseguiram ainda chegar a um acordo sobre o sistema eleitoral.
Nos seus primeiros comentários depois da nomeação, Salam disse que iria procurar “unir as opiniões e chegar a um acordo rápido sobre uma lei parlamentar eleitoral para conseguir uma representação justa para todos os cidadãos e seitas”.
Ele também comprometeu-se a se concentrar em “acabar com as divisões políticas do Líbano e o seu impacto sobre a segurança, e evitar os perigos da tragédia no vizinho (a Síria)”.
Nascido em 1945 numa família com histórico na política libanesa, Salam tem posições próximas à Arábia Saudita e ao Ocidente, mas foi escolhido como candidato de consenso aceitável para o bloco 8 de Março, que inclui o grupo xiita Hezbollah, apoiado pelo Irão, e os seus aliados, na maioria xiitas e cristãos.
