A cidade de Nampula conta com um novo partido político denominado Movimento Alternativo de Moçambique (MAMO), tornado público na semana finda. O mesmo é composto por alguns elementos provenientes do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), onde não encontraram acolhimento bem sucedido supostamente por causa do tribalismo e da marginalização de quem não é próximo do presidente do segundo maior partido de oposição no país.
O lançamento da nova formação política foi marcado por um desfile dos seus membros e simpatizantes em diferentes artérias da cidade de Nampula.
Estêvão de Fátima, antigo chefe do posto administrativo de Muhala e director dos mercados e feiras, no governo do MDM em Nampula, ocupa o cargo de secretário-geral no MAMO.
Segundo ele, o surgimento da nova formação política reflecte as aspirações dos seus membros, que outrora filiados ao MDM, eram vítimas de tribalismo, nepotismo e administração do município de Nampula como se fosse propriedade privada.
“Queremos partidos que se comprometem com a causa do povo e não que usam a democracia para defender interesses individuais e de familiares ou para enriquecimento ilícito”, disse de Fátima, acusando o presidente do MDM, Daviz Simango, de transferir seus parentes da cidade da Beira para Nampula com vista a ocupar cargos de direcção e de incumprimento de compromissos assumidos durante a campanha eleitoral.
Por seu turno, Daviz Simango, que estava de visita a Nampula, desvalorizou as declarações do secretário-geral do MAMO e disse que o surgimento deste partido significa a consolidação da democracia no país e o pluralismo de ideias.
