O Egito vai em breve pedir ajuda ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e a outras instituições financeiras para recuperar a sua economia, disse à Reuters um dos principais assessores do novo presidente do país Mohamed Mursi.
A iniciativa deve acontecer logo que Mursi nomear o seu gabinete. O Egito está em crise desde a rebelião popular que derrubou o presidente Hosni Mubarak, ano passado, o que afastou turistas e investidores, e estimulou funcionários públicos a fazerem greves por melhores salários.
Mursi tomou posse, Sábado, tornando-se o primeiro presidente civil, de filiação islâmica e eleito livremente no Egito. Ele deve iniciar nos próximos dias a formação do gabinete.
“Pretendemos procurar o FMI novamente”, disse Amr Abu-Zeid, assessor de Finanças do Desenvolvimento da Irmandade Muçulmana, o partido de Mursi.
A junta militar que assumiu o poder depois da queda de Mubarak adoptou medidas económicas de emergência para financiar-se, o que inclui um esvaziamento das reservas nacionais e a contracção de empréstimos de curto prazo a juros altos junto aos bancos locais.
No início deste ano, os militares retomaram negociações para um empréstimo de 3,2 bilhões de dólares do FMI.
A economia teve contracção de 4,3 por cento no primeiro trimestre de 2011, e estagnação nos três trimestres seguintes.
“Vamos voltar. Vamos negociar com o FMI, com o Banco Mundial, com o Banco de Desenvolvimento Islâmico, com qualquer um que queira ajudar. Estamos muito abertos a isso”, disse Abu-Zeid.
