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Novas autoridades reivindicam legalidade do golpe e Zelaya anuncia retorno

As novas autoridades hondurenhas justificaram a destituição do presidente Manuel Zelaya por uma “falta de fidelidade à República” e começaram a governar o país, alheias à condenação unânime da comunidade internacional.

Ao contrário do que acontece no exterior, onde a condenação ao golpe de Estado de domingo foi unânime, em Honduras, políticos, empresários, meios de comunicação e boa parte da população parecem concordar com a destituição de Zelaya, que desafiou o novo governo e anunciou o retorno ao país na quinta-feira.

Apenas algumas centenas de pessoas protestaram nas principais cidades do país para defender o presidente e algumas ficaram feridas em confrontos com as forças de segurança. “Aqui não houve golpe de Estado porque os hondurenhos continuam regidos pela Constituição, que o governo anterior quis modificar sem nenhum fundamento e de maneira ilegal”, afirmou o novo presidente designado Roberto Micheletti.

“Respeitamos a todo o mundo e só pedimos que nos respeitem, nos deixem em paz, porque o país se encaminha para eleições livres e transparentes em novembro”. O Congresso criticou Zelaya pelas ações de desafio às autoridades constituídas. U

m relatório divulgado na segunda-feira destaca falhas, mas a que foi determinante foi o projeto de Zelaya de reformar a Constituição para autorizar a reeleição presidencial. A conservadora sociedade hondurenha também não ficou satisfeita com a amizade de Zelaya com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, que foi muito criticado por tentar interferir nos assuntos internos do país.

Zelaya, no entanto, foi apoiado pela comunidade internacional. Estados Unidos, União Europeia, ONU, Grupo do Rio, assim como os países da Alba e da América Central exigiram a restituição dele ao poder. Zelaya deve discursar esta terça-feira na Assembleia Geral das Nações Unidas.

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