Nove meses depois de um violento terramoto ter destruído a segunda maior cidade da Nova Zelândia, Christchurch, provocando 159 mortos e várias dezenas de desaparecidos, o dia-a-dia volta, aos poucos, está a voltar ao normal. O Governo neozelandês tem feito de tudo para ultrapassar esta difícil situação.
Uma das últimas medidas une a inclusão social à reconstrução e reabilitação urbana. Isto porque a prisão masculina de Christchurch vai dar formação a 130 presos actuais em profissões ligadas à construção civil, canalização, engenharia, decoração ou pintura. Para tal, foi mesmo construído um complexo autónomo na própria prisão.
“A formação é totalmente guiada para quem quiser ajudar a reconstruir Christchurch nos próximos anos”, explicou Judith Collins, a ministra neozelandesa com a pasta das instituições prisionais. Apesar de tudo, todos os presos podem aprender estas profissões, ainda que não tenham em mente continuar na cidade. Ainda assim, trata-se de uma proposta muito apelativa, sobretudo para quem pretende recomeçar a sua vida.
“É uma oportunidade única para ajudar estes homens a mudar as suas vidas enquanto devolvem algo à comunidade. É uma situação win-win para todos”, continuou a ministra. Segundo a responsável, as estatísticas comprovam que os presos a quem é oferecido um emprego, mal saem da prisão, têm menos probabilidades de voltarem a cometer crimes.
Há nove cursos disponíveis. Seis deles terão uma duração de 17 semanas, enquanto os restantes três precisam apenas de sete semanas para completarem os seus objectivos. Os professores pertencem ao Politécnico de Christchurch e ensinarão o mesmo plano de conteúdos da universidade.
