Com 3.650 quilómetros quadrados de superfície e uma população estimada em 209 mil habitantes, o distrito de Nampula, cuja sede se localiza a cerca de 22 quilómetros da capital provincial, está a incrementar a produção agrícola através de uma nova variedade de adubos, cientificamente conhecida por “restolho”, para o enriquecimento dos solos.
Ishaca Baraca, administrador de Nampula, disse que, na campanha 2008/2009, foram alocadas ao distrito cerca de 20 toneladas de adubos, 80 por cento das quais comparticipadas pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), que, igualmente, está a promover a implantação dos campos de demonstrações naquela região.
De acordo com Ishaca, o distrito conta, neste momento, com um universo de 42.420 produtores do sector familiar envolvidos no processo de produção agrícola, cujos resultados se apresentam promissores. A titulo ilustrativo, a fonte revelou que, na campanha passada, foram produzidas 168.100 toneladas de mandioca e 9.337,5 toneladas de milho.
A fonte acrescentou que, ao longo dos últimos quatro anos, a população empenhou-se mais na produção tubérculos de mandioca e batata doce, cereais (milho, mapira e arroz) legumes (feijões), oleaginosas (amendoim e gergelim), além de hortícolas, com crescimento médio anual de 6 por cento. No âmbito da “revolução verde”, foram realizadas acções tendentes à melhoria da produção e produtividade nas culturas alimentares, com apoio de alguns parceiros.
Baraca orgulha-se pelo facto de o distrito não ter registado bolsas de fome, pois que, para além do consumo interno, tem abastecido outras regiões, particularmente a capital provincial, para além de fornecer sementes e hastes de mandioqueira e ramas de batata doce. O nosso entrevistado referiu, ainda, que o seu executivo continua de “mangas arregaçadas” na promoção da cultura da jatropha, iniciativa presidencial introduzida em 2006, conquanto se registem constrangimentos de colocação.
Na campanha 2006/2207 o distrito produziu 22 quilogramas, enquanto na campanha 2008/2009, o distrito teve uma colheita de 600 quilogramas numa área de 33 hectares, crescimento que resultou do envolvimento de algumas escolas, associações agrícolas e sector privado.