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Nova presidência da UA vai consolidar a organização

O Secretario Executivo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, o moçambicano Tomas Salomão, considera que a nova Presidência da União Africana vai trabalhar no sentido de consolidar a organização, melhorar os mecanismos de gestão e, quiçá, concentrar naquilo que são os pontos de agenda que esta apresentou na Assembleia.

A presidência da UA é, desde Domingo, assumida pelo Chefe de Estado malawiano, Bingo Wa Mutharika, eleito no decurso da presente 14ª Sessão Ordinária da Assembleia da UA, que termina Terça-feira, em Addis Abeba, capital da Etiópia. No seu discurso de aceitação, Mutharika elegeu como prioridades para o seu mandato a questão da paz e segurança em África, tendo como base o facto de 2010 ter sido baptizado como “Ano de Paz e Segurança”, dar uma maior visibilidade os esforços do passado e actuais empreendidos pela organização e acelerar a implementação dos compromissos feitos pelos países membros da UA em prol da paz e segurança.

Constitui ainda desafios da nova Presidência da UA a mobilização de recursos para suportar as acções a serem levadas a cabo com vista a garantir um clima de paz e segurança no continente inteiro. “Nós comprometemonos em encetar todos os esforços no sentido de fazer das soluções africanas um projecto rigoroso, ao invés de simples ‘slogan’”, disse. Neste contexto, segundo Mutharika, dará primazia métodos de consulta as populações e países afectadas pelos conflitos, para que as soluções sobre os conflitos sejam duradoiras.

Falou na Segunda-feira a imprensa moçambicana que cobre a Cimeira, Tomas Salomão manifestou o seu optimismo no bom desempenho do novo presidente da UA. Solicitado a comentar se não havia receio de a nova presidência poder estar fragilizada já que o seu antecessor já havia manifestado o interesse de continuar no cargo, Salomão disse não acreditar que tal aconteça na medida em que a proposta de Mutarika foi consensual no seio do Comité que faz a apreciação das candidaturas.

“Não acredito que tal venha a fragilizar, porque na reunião do Comité que faz a apreciação das candidaturas a proposta era consensual de que o nosso candidato (da SADC) e os países apoiam a presidência da Assembleia da UA pelo Malawi”, explicou Salomão. Segundo ele, o próprio líder líbio, seu antecessor, tem vindo a manifestar, em discursos, a sua disponibilidade em trabalhar com o novo presidente. “Este processo está terminado. Temos agora o presidente da Assembleia, vamos trabalhar”, afirmou o Secretario Executivo da SADC. Entretanto, numa entrevista a Pana, Kadafi criticou o actual modelo da presidência rotativa da UA, cujo mandato é apenas de um ano, período que considera impraticável para executar os ambiciosos programas da organização.

Contudo, Kadafi disse que “o facto de o presidente exercer o mandato durante um período curto ou longo não muda nada, na medida em que ele não dispõe de nenhuma competência”. “A situação seria diferente se se concedesse ao presidente da União Africana verdadeiras competências e o poder de representar a Assembleia dos Chefes de Estado e de Governo”, sublinhou o líder líbio. Quanto a questão do seu mandato a frente da União Africana, ele disse que o seu papel, como presidente da UA ou não, prosseguirá através da “incitação a edificação dos Estados Unidos de África”.

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