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Nobel de Física vai para japoneses e norte-americano que inventaram o LED

Os cientistas japoneses Isamu Akasaki e Hiroshi Amano e o norte-americano Shuji Nakamura ganharam o Prémio Nobel de Física de 2014 por terem inventado uma nova fonte de luz energeticamete eficiente e amigável para com o meio ambiente, levando à criação das modernas lâmpadas LED, informou, esta terça-feira (7), a organização que concede as premiações.

“Com o advento das lâmpadas LED, agora temos alternativas mais duradouras e mais eficientes para fontes de luz mais antigas”, disse a Real Academia Sueca de Ciências no comunicado de anúncio do prémio de 8 milhões de coroas suecas (1,1 milhão de dólares).

O prémio de Física foi o segundo Nobel a ser concedido este ano. Os japoneses Isamu Akasaki e Hiroshi Amano, e Shuji Nakamura, nascido no Japão mas com cidadania norte-americana, conquistaram o prémio por desenvolver o diodo emissor de luz (LED, na sigla em inglês) azul – uma composição que agora permite que os fabricantes produzam lâmpadas de luz branca.

A chegada de tais lâmpadas está a mudar a maneira como os lares e os escritórios são iluminados, oferecendo uma alternativa mais duradoura e eficiente para as lâmpadas incandescentes inventadas por Joseph Swan e Thomas Edison no fim do século 19.

“Os LEDs vermelhos e verdes estão por aí há um longo tempo, mas faltava o azul. Graças ao LED azul, agora podemos ter fontes de luz branca, as quais têm alta eficiência energética e uma vida muito longa”, disse Per Delsing, membro da Academia Real de Ciências da Suécia, numa conferência de imprensa.

O prémio é um exemplo notável de descoberta prática conquistando o Nobel – em contraste com o ano passado, quando o prémio de Física foi para cientistas que previram a existência da partícula do bóson de Higgs, que explica como a matéria elementar obteve a massa para formar estrelas e planetas.

“As lâmpadas incandescentes acenderam o século 20; o século 21 será aceso por lâmpadas de LED”, disse a academia num comunicado. Frances Saunders, presidente do Instituto de Física da Grã Bretanha, declarou que a mudança ofereceu o potencial para grande economia de energia.

“Com 20 por cento da electricidade do mundo utilizada para iluminação, foi calculado que o uso optimizado de luzes de LED pode reduzir isso para 4 por cento. A pesquisa de Akasaki, Amano e Nakamura tornou isso possível, e este prémio reconhece essa contribuição”, disse ela. Akasaki trabalha na Universidade de Meijo, ao passo que Amano é professor na Universidade de Nagoya.

Nakamura está na Universidade da Califórnia, nos EUA. Contactado por telefone no meio da noite, Nakamura disse que o prémio “é inacreditável”. Ele inventou o LED azul enquanto trabalhava na Nichia, uma empresa de capital fechado, mas não recebeu quase nada deles pelo trabalho até 2004, quando a Corte Distrital de Tóquio ordenou que ele recebesse um valor recorde, de 20 bilhões de ienes.

Como vencedores do prémio de Física, os laureados unem-se a alguns dos maiores nomes na ciência, como Albert Einstein, Niels Bohr e o casal Pierre e Marie Curie. O Prémio Nobel foi entregue pela primeira vez em 1901 para prestigiar realizações na ciência, na literatura e na busca da paz, de acordo com a vontade do inventor da dinamite, o magnata Alfred Nobel.

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