O Exército nigeriano afirmou neste sábado que seguiu e matou 50 membros da organização islâmica Boko Haram, dias após o grupo ter sido culpado pela morte de 20 pessoas em ataques realizados em seu reduto, no nordeste do país.
“Tropas perseguiram os terroristas em seus acampamentos e com apoio aéreo, e cerca de 50 terroristas foram mortos em um tiroteio”, afirmou o porta-voz do Exército, Sagir Musa, a repórteres, em Maiduguri, capital do Estado de Borno.
“Os moradores dos vilarejos foram resgatados dos dentes dos insurgentes. Tropas estão perseguindo os remanescentes dos terroristas que fogem, bloqueando todas as possíveis saídas”, acrescentou Musa.
A Boko Haram, que tem como objetivo impor uma lei islâmica no norte da Nigéria, e outros grupos militantes islâmicos são considerados a maior ameaça à segurança da Nigéria, maior exportadora de petróleo da África.
De tempos em tempos, os militares exageram ao relatar seus sucessos e deixam de citar suas próprias baixas, além da morte de civis, disseram residentes de Borno e grupos de defesa dos direitos humanos. Musa afirmou que o número de civis mortos na última ofensiva é desconhecido.
Mais de 160 pessoas foram mortas em atos de violência ligados ao Boko Haram no mês passado, um dos mais sangrentos desde quando o presidente, Goodluck Jonathan, declarou estado de emergência e repressão militar nos Estados do nordeste, em maio.
Uma nova divisão militar foi enviada a Borno no mês passado. Uma milícia civil, muitas vezes armada apenas com porretes e facas, está operando contra os islâmicos nas últimas semanas, levando à prisão de centenas deles, disseram os militares.
