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Niassa pode ter grandes reservas de carvão

A bacia de Maniamba , localizada no distrito do Lago, província nortenha de Niassa, é uma outra provável grande reserva de carvão mineral em Moçambique, segundo admitiu, terça-feira, o Director Nacional de Minas, Eduardo Alexandre.

Actualmente, as maiores reservas de carvão em Moçambique estão na província central de Tete, onde se encontram inúmeros operadores mineiros incluindo os gigantes Riversdale e Vale, com investimentos bilionários e com perspectivas de começar a exportação da sua produção ainda este ano.

Falando, terça-feira, a jornalistas, Eduardo Alexandre disse que Maniamba parece ter um potencial “muito grande” que se compara ao de Moatize, onde a Vale controla reservas minerais estimadas em mais de 2,5 biliões de toneladas.

“Resultados muito preliminares de pesquisas ainda em curso (em Maniamba) indicam a existência de carvão térmico em grandes quantidades”, disse Alexandre, falando a imprensa a margem da conferência internacional de carvão que arrancou, terça-feira, na capital moçambicana, Maputo.

Segundo a fonte, estas análises baseiam-se em estudos realizados em 870 quilómetros ao quadrado da área que compreende a bacia.

No total, esta bacia ocupa uma área de cerca de quatro mil quilómetros ao quadrado. Neste momento, pelo menos sete empresas, incluindo a Vale e a Riversdale, estão envolvidas em actividades de prospecção e pesquisa de carvão mineral na bacia de Maniamba.

Os resultados finais destas pesquisas estarão prontos nos próximos dois anos. Ao organizar esta conferência de carvão, que também conta com o apoio da Austrália, Moçambique espera atrair mais investidores com interesses na área mineral.

Actualmente, as autoridades emitiram um total de 1.076 títulos mineiros, entre certificados, licenças, senhas entre outros tipos, mas o número de pedidos de autorizações tende a crescer continuamente.

Em 2010, o Ministério dos Recursos Minerais (MIREM) recebeu 270 novos pedidos de autorizações e este ano, só no primeiro trimestre, o número de pedidos é de 391. Até agora, a região com maior corrida ao carvão é a da bacia do Zambeze, que também integra a província de Tete.

Essa bacia tem reservas minerais conhecidas de cerca de 23 biliões de toneladas, mais essa estimativa é capaz de subir já que agora decorre uma série de pesquisas. Entretanto, além do carvão, Moçambique tem também potencialidades em outros tipos de minerais.

O Director Nacional de Minas disse que a companhia brasileira Vale está agora a fazer prospecção de minerais de fosfatos na província nortenha de Nampula para a produção de fertilizantes.

Segundo Alexandre, este é um projecto com a mesma grandeza com o de Moatize, apesar de ainda não se saber quantos empregos poderá criar. Os dados sobre o seu impacto só serão conhecidos depois de se submeter o estudo de impacto económico em finais do próximo ano.

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