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Negociações de paz com as Farc evitam cerca de 5.000 vítimas na Colômbia em 2014

As negociações de paz entre o governo colombiano e os guerrilheiros das Farc evitaram que 5.000 pessoas morressem ou ficassem feridas em 2014 devido à diminuição de actos relacionados ao conflito, aumentando as esperanças de que o país silencie definitivamente as armas, segundo um comunicado divulgado, esta quarta-feira (25).

O governo do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, mantém um diálogo de paz há mais de dois anos em Cuba com a organização esquerdista Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

O objectivo é resolver um conflito armado que já causou a morte de 220.000 pessoas e deixou outros milhões de deslocados ao longo de mais de cinco décadas. As conversas avançaram mesmo com a continuidade dos confrontos, pois o governo negou-se a concordar com um cessar-fogo bilateral, apesar de as Farc terem declarado desde 20 de Dezembro uma trégua unilateral e sem prazo.

“Pela primeira vez regista-se uma queda na actividade armada. Evitamos cerca de 5.000 mortos ou feridos entre os combatentes e civis por efeito desta negociação”, disse o director da Fundação Paz e Reconciliação, León Valencia, numa apresentação chamada “O que Ganhamos”.

De acordo com o comunicado, as acções ofensivas das Farc ao longo de 2014 caíram cerca de 40 por cento e o deslocamento de pessoas caiu em cerca de 57 por cento, com 97.453 pessoas a serem forçadas a deixar as suas propriedades, ante 228.526 registadas em 2013.

Além da queda na quantidade de mortos e feridos em confrontos e ataques, também caiu o número de sequestros por parte das Farc, ainda que as extorsões e saques a oleodutos tenham aumentado.

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