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Necessários oito mil milhões de Meticais para a reposição de estradas e outras infra-estruturas danificadas na época chuvosa

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O ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos (MOPHRH), Carlos Mesquita, referiu serem necessários cerca de oito mil milhões de meticais para a reabilitação e reconstrução de, aproximadamente, 8.800 quilómetros de estradas, 23 pontes, 14 passagens hidráulicas e três “drifts” danificados na presente época chuvosa, no País.

O governante fez este pronunciamento durante a abertura do Primeiro Conselho de Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, ocorrido, segunda-feira, 30 de Maio, em Maputo, com o objectivo de discutir e obter subsídios de entidades e individualidades especializadas em matérias de projecto, construção, fiscalização e manutenção de estradas e pontes.

Na sua intervenção, o ministro referiu que Moçambique é propenso à ocorrência de desastres naturais, com maior destaque para as cheias que ocorrem com maior frequência nas bacias de Maputo, Umbelúzi, Incomáti, Limpopo, Save, Búzi, Púngoè, Zambeze, Licungo e Messalo, causando um impacto negativo no desenvolvimento socioeconómico do País, devido à perda de vidas humanas e destruição de infra-estruturas.

“Esta situação leva-nos à necessidade de reflectir sobre os pressupostos para a concepção, dimensionamento, construção e manutenção das infra-estruturas rodoviárias e outras, tomando em consideração as últimas variáveis climáticas, incluindo as projecções para os próximos tempos” explicou o ministro.

Num outro desenvolvimento, o governante exortou ao Conselho do MOPHRH e convidados para a necessidade de se garantir que as novas estradas sejam mais resilientes aos efeitos das mudanças climáticas, incluindo a mobilização de recursos com vista à manutenção de estradas e o incremento do seu período de vida útil.

“Nesta área, o Governo perspectiva a efectivação de projecto de construção das barragens de Megaruma, em Cabo Delgado, Mugeba, na Zambézia, Mapai, em Gaza e Moamba Major, em Maputo, que de forma combinada irão resultar numa capacidade de armazenamento de mais de 9 mil milhões de metros cúbicos, concluiu o ministro.

Importa referir que estiveram presentes neste primeiro Conselho, a vice-ministra do sector, Cecília Chamutota, antigos ministros do MOPHRH, quadros seniores do sector das Obras Públicas, parceiros de desenvolvimento, instituições académicas, antigos dirigentes, organizações da sociedade civil e especialistas em mudanças climáticas e concepção de projectos de estradas e pontes.

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