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Necessário uso sustentável da terra

O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, reiterou ultima Terçafeira a necessidade de uso correcto e sustentável da terra como condição essencial para a melhoria da vida das populações.

Guebuza falava durante um comício na vila sede do distrito de Massangena, no início da sua visita de cinco dias a província meridional de Gaza, no quadro da presidência aberta e inclusiva que vem efectuando as províncias moçambicanas. “A terra é a nossa maior riqueza que os nossos antepassados nos deixaram. Temos de fazer o uso correcto da terra para que melhoremos a nossa vida”, afirmou Guebuza.

O presidente moçambicano comentava assim o facto de ter constatado que as populações daquela vila estão cada vez mais a construir casas melhoradas com recurso ao tijolo queimado, que é feito a partir de terra de solos com propriedades argilosas. Na ocasião, o Chefe de Estado disse ter notado, com satisfação, que há uma mudança positiva naquela vila, comparando com o que viu durante a sua última visita a Massangena, em 2006.

A nova vila-sede do distrito está ainda em processo de construção, depois que a primeira, que estava localizada junto da margem direita do rio Save, ter sido destruída pelas cheias de 2000. A nova vila-sede localiza-se a cerca de cinco quilómetros da anterior. Para que este desenvolvimento, e consequentemente a melhoria de vida continuem, Guebuza incentivou as populações de Massangena a terem em mente que isso só é possível com muito trabalho.

Alias, um dos principais apelos do estadista moçambicano, nos comícios que tem vindo a orientar em todas as províncias que já escalou, tem a ver com a necessidade de os cidadãos trabalharem arduamente, por ser esta a única forma de se vencer a luta contra a pobreza. Na batalha contra a pobreza, segundo Guebuza, torna-se necessário, igualmente, “acreditar que é possível acabar a pobreza”. “Para o combate a pobreza temos de acreditar na nossa capacidade de vencer os desafios que se nos colocam. Há muita gente que duvida. Até há pessoas que dizem que somos pobres porque os nossos pais são ou eram pobres, por isso nós também continuaremos pobres. Com esta mentalidade negativa não podemos acabar com a pobreza”, criticou o Chefe de Estado moçambicano a esse pensamento derrotista.

Guebuza voltou a vincar que os moçambicanos, em todas as frentes de acção, devem sempre ter em conta o espírito da unidade, pois, a união entre as pessoas é essencial para a vitória. O Presidente recordou que a vitória da luta contra a colonização só foi possível, porque os moçambicanos eram unidos, tendo como principal arquitecto dessa unidade o primeiro presidente da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), Eduardo Mondlane. “Ontem vencemos o colonialismo porque éramos unidos.

Hoje, nesta luta que travamos, temos de continuar unidos”, disse Guebuza, para quem o segredo se circunscreve em: acreditar, estar unidos e trabalhar”, vincou Guebuza. O Presidente da República disse, por outro lado, que a diversidade que existe no país deve servir como elemento de reforço da unidade nacional.

Quanto ao Orçamento de Investimento de Iniciativa local, vulgo ‘Sete milhões”, Guebuza instou aos beneficiários a trabalharem de forma a conseguir devolver os valores atribuídos. “O dinheiro deve ser devolvido para beneficiar outras pessoas”, disse Guebuza, apelando aos Conselhos Consultivos dos distritos para assumirem o seu papel, incluindo na fiscalização.

Nesta perspectiva, Guebuza falou igualmente da importância da descentralização da planificação, um processo em curso no país, por permitir realizar actividades segundo a realidade de cada distrito Durante o comício, contrariamente ao que tem acontecido em muitos distritos que visitou nesta presidência aberta, a população de Massangena enalteceu o empenho do governo local, ao conduzir o distrito rumo ao desenvolvimento, criando condições para o surgimento de empreendimentos e infra-estruturas de vital importância económica e social.

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