O Conselho Superior de Comunicação Social (CSCS) afirma haver um longo caminho a percorrer por parte dos jornalistas moçambicanos para a consolidação do ambiente favorável ao exercício da liberdade de imprensa, que, nos últimos anos, prevalece em Moçambique.
Apesar das conquistas já alcançadas pelos jornalistas moçambicanos, o CSCS aponta a necessidade de lograr mais conquistas sobretudo nos domínios da formação académica e técnico-profissional, melhoria das condições de trabalho, introdução da carteira profissional e a revisão e aprovação de instrumentos jurídicos que facilitem o exercício da actividade.
O apelo do conselho surge por ocasião da comemoração, domingo, do dia do jornalista moçambicano e mais um aniversário do Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ). O CSCS endereça uma saudação especial aos profissionais da comunicação social em reconhecimento do seu envolvimento no desenvolvimento do país, assim como àqueles que encontram na comunicação social um espaço para diálogo nacional sobre grandes questões de desenvolvimento socio-económico e da construção do Estado de direito.
“Olhando para o percurso de Moçambique em geral, e da comunicação social moçambicana em particular nos últimos anos, o CSCS verifica com satisfação e prevalência de um ambiente favorável ao exercício da liberdade de imprensa no país”, refere o comunicado de imprensa a que a AIM teve acesso. Este facto, segundo o comunicado, tem resultado, entre outras conquistas, no surgimento de novos órgãos de comunicação social, incluindo nos distritos.
O ambiente prevalecente permite, por outro lado, que cada vez mais moçambicanos tenham acesso à informação e a um espaço privilegiado para fazerem ouvir a sua voz, os seus problemas e anseios. Refira-se que foi a 11 de Abril de 1978 que os jornalistas moçambicanos decidiram criar a então Organização Nacional de Jornalistas (ONJ), a qual mais tarde, em 1996, viria a ser transformada em Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ).
Desde a sua fundação, a vida do SNJ tem sido pautada pela defesa dos interesses dos jornalistas moçambicanos, através de um trabalho de que ressaltam algumas etapas históricas. O SNJ tornou-se, desde a sua fundação, num espaço de defesa de uma imprensa moçambicana digna e independente, em que os seus profissionais observam as regras éticas e deontológicas do jornalismo.