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Navio francês reinicia as buscas pelas caixas pretas do voo 447

O navio encarregado das buscas das caixas pretas do aparelho da Air France que fazia o voo entre o Rio de Janeiro e Paris e que caiu no Oceano Atlântico em 1 junho com 228 pessoas a bordo, já se encontra na zona e iniciou seus trabalhos de observação do fundo marinho, anunciou esta quinta-feira o Birô de Investigação e Análise (BEA) francês.

O navio de exploração submarina “Pourquoi pas?”, do Instituto Francês de Investigação para a Exploração do Mar (IFREMER), chegou na segunda-feira, como estava previsto, à “zona para a segunda fase da busca das caixas pretas do voo AF447”, declarou, em um comunicado, o organismo francês encarregado da investigação técnica do acidente. “O trabalho de observação do fundo marinho começou na zona considerada como a mais provável, com a ajuda de um sonar e dos submarinos ‘Victor 6000’ e ‘Nautile”, prosseguiu a BEA.

A primeira fase de buscas acústicas foi concluída em 10 de julho, quando as balizas das caixas pretas deixaram de emitir sons. Uma nova fase de buscas dos restos do aparelho terá início depois de 22 de agosto, em uma zona mais ampla. “Primeiro é preciso identificar o lugar onde se encontram os restos do avião e depois buscar as caixas pretas”, explicou a BEA.

As caixas de registro de voo podem ser determinantes para explicar o acidente, cujas causas ainda são desconhecidas. A tarefa é complexa por causa da profundidade (avaliada entre 3.000 e 3.500 metros) e o relevo do Oceano Atlântico na zona do acidente do Airbus A330 da Air France.

Por outra parte, o BEA “toma nota do compromisso da Airbus para participar financeiramente nas buscas, caso se necessite realizar uma terceira fase numa zona ampliada”. “Nós nos comprometemos a apoiar a ampliação das buscas com uma contribuição importante”, assegurou o presidente executivo da Airbus, Tom Enders, citado pelo jornal econômico francês La Tribune desta quinta-feira. “Queremos saber o que exatamente aconteceu”, acrescentou, precisando que sua prioridade total é melhorar a segurança do transporte aéreo.

La Tribune diz ainda que a Airbus está disposta a desembolsar entre 12 e 20 milhões de euros, durante pelo menos três meses, para financiar as buscas do Birô de Investigações e Análises (BEA) francês, encarregado da investigação técnica do acidente. Esta cifra corresponde, na realidade, ao montante total do que será gasto para ampliar as buscas, do qual a Airbus estaria disposto a pagar “uma parte significativa”, segundo enfatizou um porta-voz do grupo à AFP, sem fornecer uma cifra precisa.

O fabricante assegurou que deseja conhecer as circunstâncias da catástrofe. “Há algo mais que não sabemos e que devemos compreender”, concluiu.

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