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Navio de guerra sul-coreano naufraga deixando mais de 50 desaparecidos

Um navio da marinha de guerra sul-coreana naufragou na sexta-feira, dia 26, dentro de uma zona disputada com a Coreia do Norte, em seguida a uma explosão de origem indeterminada. Dos 104 marinheiros que estavam a bordo, 58 foram salvos, segundo fontes militares sul-coreanas.

O governo de Seul convocou imediatamente uma reunião de urgência, mas uma porta-voz da presidência declarou que ainda não estava claro se o naufrágio estaria relacionado a um incidente naval com as forças norte-coreanas. A agência sul-coreana Yonhap afirmou primeiramente que um navio sul-coreano abriu fogo contra outra embarcação não identificada dentro da zona do incidente, mas um porta-voz do Estado Maior informou que o alvo dos disparos seria, na verdade, uma revoada de pássaros.

O navio de 1.400 toneladas afundou entre as 21h e 22h locais (12h e 13h GMT) próximo à ilha de Baengnyeong, Mar Amarelo. Uma operação de salvamento esteve em curso e 58 tripulantes foram resgatados, declarou à noite o porta-voz do Estado Maior. A zona do Mar Amarelo entre as duas Coreias é particularmente sensível, sendo, regularmente palco de incidentes entre as marinhas dos dois vizinhos.

A demarcação marítima entre as duas nações, que se mantêm teoricamente em guerra por falta de um tratado de paz no final do conflito de 1950-53, nunca foi aceita pelo Norte. Desde 1999, os confrontos fizeram dezenas de mortos nesta zona. Seis marinheiros sul-coreanos foram assassinados em junho de 2002. O incidente naval mais recente nesta zona foi em novembro passado.

Em janeiro, a Coreia do Norte chegou a disparar tiros de artilharia neste setor, durante três dias. Nesta sexta-feira, um porta-voz do Estado Maior da armada norte-coreana, citado pela agência oficial KCNA, acusou Seul e os Estados Unidos de quererem derrubar o regime stalinista norte-coreano. “Aqueles que procuram abater a República Popular Democrática da Coreia sucumbirão aos golpes nucleares sem precedentes do exército invisível”, disse o porta-voz.

Pyongyang se retirou das discussões a Seis sobre seu programa nuclear em abril do ano passado, depois de um lançamento de míssil punido pelo Conselho de Segurança da ONU, e realizou, durante o período, seu segundo teste nuclear desde o de 2006. As relações entre as duas Coreias estão consideravelmente degradas desde a chegada ao poder, em fevereiro de 2008, do presidente sul-coreano Lee Myung-Bak, um conservador partidário da linha dura contra seu vizinho comunista.

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