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‘Não posso ser escape de pessoas desorganizadas

O assunto do professor fantasma da escola Industrial e Comercial 1º de Maio em Quelimane, que recebia salários sem dar aulas, ainda vai dar que falar. Porque ao que sabemos, na manhã desta segunda-feira, uma equipa sénior liderada pelo Representante do Estado na cidade de Quelimane, esteva naquele estabelecimento de ensino para ouvir no concreto o que estará a se passar.

 

 

Todavia, o Diário da Zambézia, contactou o acusado, neste caso o secretário provincial da Organização da Juventude Moçambicana (OJM) Momade Juízo, para ouvir dele o que aconteceu.

Sentados debaixo de uma sombra, Juízo disse que ele está ser usado com escape onde todo fumo sai, mas que na verdade há muita coisa errada naquela escola. Que coisas erradas há – Questionamos. Em resposta, a fonte começou por apontar a questão da desorganização da própria escola, tendo dito que “se eu não dei aulas durante um ano como dizem, então porquê me chamam para corrigir exames”- questionou.

Num outro desenvolvimento, a fonte disse que não é verdade quando dizem que ele não deu aulas durante um ano inteiro, mas que recebia salários. A verdade dita por ele é que confirma ter dado aulas durante o primeiro semestre, mas que como não tinha cadeiras no segundo semestre, este não se fazia a escola.

Todavia, no que concerne aos salários, Momade Juízo diz que até é a escola que lhe deve ordenados deste segundo semestre, dai que não constitui verdade o que se fala pela direcção da escola.

‘Não podia tapar tudo’

A dado passo, a fonte disse que naquele estabelecimento de ensino, vive-se irregularidades, porém, foi muito cauteloso, apenas frisou que “não podia tapar tudo”, mas não disse o quê. De acordo ainda com Juízo, no primeiro semestre ele deu aulas nas turmas que a direcção da escola havia lhe dado.

Todavia, sublinha que pode não ter sido perfeito, mas no dia da avaliação do desempenho, prática costumeira do sector, ele viu sua ficha limpa e que a mesma encontra-se com a directora adjunta pedagógica daquele estabelecimento de ensino técnico profissional, dai não entender como é que é tido como um professor que não deu aulas.

A conversa foi longa, e foi nesta senda que perguntamos ao nosso interlocutor se alguma vez já teria sido notificado pela direcção da escola para esclarecer este caso e logo de seguida tivemos a seguinte reposta que passamos a citar: “a notificação que recebi dizia que deveria comparecer na escola para tratar de assuntos pedagógicos, dai fui” – fim de citação.

E depois o que encontrou? Em resposta Momade Juízo respondeunos que quando lá chegou encontrou uma equipa de inspecção, mas que não óptica dele, esta equipa deveria trabalhar mais para saber como é que um professor que não deu aulas como eles dizem, recebe salários. “Se eu recebi salários é porque fiz algo, pelo contrato existente entre eu (Momade) e a instituição, dai que não vejo nenhum mal”-rematou.

Se algum momento já teria sido ouvido, a fonte lamentou o facto de isto não ter acontecido, dai que assegura que tudo o que ganhou na escola industrial é pelo trabalho realizado como docente. Por outro lado, o entrevistado lamentou também que ele teve horários cruzados, facto que a escola não teve o cuidado de acautelar, dai que em algumas turmas, ele não conseguiu dar aulas.

Um outro facto curioso que o acusado não entende é pelo facto de com estas situações todas anomalias que se alegam, ainda é solicitado para corrigir exames da segunda época, dai que o que lhe resta até agora é pedir para que seja pago os seus ordenados do segundo semestre. Dai Este é um assunto que ainda vai dar.

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