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Não há duas sem três – Escrito por Dércio Ernesto J. Tsandzana

Escrevo este pequeno artigo alusivo ao campeonato Africano de Basquetebol em que as nossas manas fizeram o seu melhor e ficaram como a segunda melhor selecção de África. Foi sem duvidas uma verdadeira celebração da nossa moçambicanidade que nos foi brindada com sete vitórias consecutivas conseguidas pelas nossas manas num país onde o desporto rei que é o futebol não nos habitou a trazer alegrias desta envergadura.

Foi um momento de grande júbilo e de grande recordação que ficará para sempre na memória dos Moçambicanos e das jogadoras em particular pelo facto de nos termos qualificado ao Mundial da Turquia em 2014. Já tínhamos acolhido dois campeonatos Africanos no país em 1986 e 2003 e tendo chegado à final não vencemos e não conseguimos fazer valer o provérbio: “Da terceira é de vez”.

Porém, como não há bela sem se não, este campeonato teve alguns momentos que mancharam a sua organização, desde a não realização do jogo Moçambique vs Zimbabwe no primeiro dia do campeonato, uma vez que o Zimbabwe não chegou a tempo do jogo na capital do país.

Outro aspecto que merece destaque foi o facto de já no segundo dia da prova a FIBA ter cancelado todos os jogos para aquele dia agendados, pois o pavilhão precisava ser remodelado com uma nova pintura na quadra do jogo que ostentasse a indicação da prova e seu local da realização.

Ademais registaram-se momentos não muito agradáveis no que tange a venda e acesso dos bilhetes, pois a partir da segunda-fase do campeonato muitos bilhetes foram vendidos de forma duvidosa, em que escasseavam pouco tempo depois do início da venda e de forma estranha eram depois vendidos na porta do pavilhão do Maxaquene a preços escandalosos, mas o caso mais gritante foi até terem chegado a 1000 meticais no dia da final o que fez com que o pavilhão tivesse registado uma enchente acima da capacidade normal, ou seja, dos 2500 bilhetes vendidos, o pavilhão estava com um número superior deste, bem como a polémica da alcunha das jogadoras em que uns as chamavam Samurais e outros Samorais. São casos que deixam manchas, mas não podem tirar o brilho que foi esta prova.

Conseguimos um objectivo que era chegar à final da prova e cosequentemente ao Mundial, mas não o lucro que era ganhar o ouro deste campeonato. Mas enfim, estamos em festa porque as nossas manas são um orgulho para todos os Moçambicanos.

 

Escrito por Dércio Ernesto J. Tsandzana

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