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Nampula sem água em 2029

A barragem de Monapo, que abastece a capital provincial de Nampula , actualmente, com cerca de 500 mil habitantes, poderá ficar praticamente sem água, até ao ano 2029, devido à crescente procura daquele precioso líquido, indica um estudo do Fundo de Investimento de Patrocínio e Abastecimento de Água ( FIPAG) ao nível desta região.

Segundo Elidio Cossa, director do FIPAG, o número de consumidores de água está a aumentar gradualmente nos últimos tempos, facto que poderá ditar a secagem da única fonte de abastecimento aos 18 bairros residenciais, incluindo algumas unidades fabris que operam na cidade de Nampula.

Para contornar este quadro, o FIPAG está a estudar novas alternativas para obtenção de água a partir de outras fontes, uma acção que, segundo Ilídio Cossa, poderá proporcionar uma melhoria dos sistemas de captação, transporte e distribuição daquele produto vital.

A fonte explicou que, no âmbito dos investimentos em curso, prevê-se o aumento da capacidade de bombagem e a duplicação do sistema de tratamento de água, dos actuais 20 mil para 40 mil metros cúbicos diários, afim de permitir ao FIPAG fazer face à enorme demanda que se regista presentemente.

Este pacote inclui a melhoria da conduta adutora e a construção de uma nova estação de bombagem na zona da Serra da Mesa, que irá abastecer os bairros de expansão de Muhala e Muavihire.

O director do FIPAG falou, igualmente, de uma série de acções em curso destinadas a elevar o nível de cobertura da rede de abastecimento de água de 54 para 70 por cento, até ao ano 2029.

De acordo, ainda, com aquele dirigente, a campanha “Água na hora”, desencadeada pelo FIPAG a partir de Junho do ano passado, permitiu o aumento do número dos anteriores 13 mil para cerca de 18 mil, até Dezembro.

Isto significa que em seis meses conseguimos seis mil novos consumidores, o que revela maior disponibilidade de água aos nossos clientes. Observou Cossa.

A referida campanha circunscreveuse à promoção das tarifas de ligação de água para 2.500,00 e 2.000 meticais, facto que terá motivado grande parte dos moradores da cidade a instalar torneiras nas respectivas habitações.

Cossa reconhece, entretanto, haver certas restrições em determinados bairros da cidade, o que cria certos transtornos nalguns munícipes que, apesar de pagarem pela factura, não chegam a beneficiar de água.

Aliás, anteontem, o director do FIPAG convocou a imprensa para anunciar que a cidade estava a enfrentar problemas de água, devido a uma grave avaria registada na estação de captação da barragem.

Contudo, embora tivesse garantido que a situação seria regularizada na noite do mesmo dia, a nossa reportagem constatou que a água continua ainda ausente em quase toda a cidade e periferia.

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