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Nampula retoma exportação da castanha em bruto

A província de Nampula, Norte de Moçambique, retoma a exportação da castanha de caju na próxima semana, depois da interdição observada no ano passado para proteger os interesses da indústria local.

Esta medida surge depois do Governo provincial ter suspendido, em Dezembro passado, a exportação da castanha em bruto a partir do Porto de Nacala, uma medida que tinha como objectivo salvaguardar os interesses da indústria local.

A explicação para o efeito foi o facto de a comercialização da castanha ter sido dominada por comerciantes interessados na exportação bruta do produto que chegavam a pagar 30 meticais (0,9 dólar americano) por quilograma do produto contra apenas 10 meticais pagos pelos industriais.

Na perspectiva do Governo provincial, esta concorrência ameaçava provocar o “colapso” das 16 fábricas de processamento da castanha existentes em Nampula.

Aliás, o presidente da Associação dos Industriais de Caju (AICAJU), Mohamed Yunuss, chegou a apelidar os 30 meticais pagos pelos exportadores como sendo “um presente envenenado”.

Citado na edição da quinta-feira do “Notícias”, o delegado do Instituto Nacional de Caju (INCAJU) em Nampula, Emílio Furede, disse que os cálculos realizados concluíram que existe castanha suficiente para satisfazer as necessidades da indústria local bem como para a exportação.

Com efeito, as indústrias de processamento da província de Nampula poderão ficar com 34 mil toneladas de castanha de caju, enquanto os exportadores terão que se contentar com 14 mil toneladas.

Nampula é a maior produtora de castanha de caju em Moçambique, tendo sido responsável por parte considerável das 90 mil toneladas deste produto comercializadas em todo o país na campanha 2009/2010.

Na presente campanha, Nampula espera comercializar 40.320 toneladas de castanha de caju, cifra que já foi cumprida em 85,9 por cento.

As autoridades de Nampula afirmam que, além das 34 mil toneladas, as indústrias locais poderão também contar com a castanha das províncias vizinhas da Zambézia, no centro do país, e Cabo Delgado, no Norte.

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