O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, manifestou a sua satisfação com crescimento que a província de Nampula, norte de Moçambique, tem vindo a registar nas áreas económica, social e política.
Falando a imprensa, esta sexta-feira, no distrito de Memba, que marcou o fim da Presidência Aberta e Inclusiva que vinha realizando aquela parcela do país desde o dia 30 de Maio último, Guebuza disse que, apesar dos constrangimentos, os progressos são notáveis, mas que é preciso trabalhar mais.Dados do Governo da província de Nampula revelam que, ao longo de 2010, foi alcançado um crescimento global na ordem de 10,8 por cento comparativamente a de 2009, ao passar de uma cifra pouco mais de 24,4 milhões de meticais para cerca de 31,7 milhões de meticais. O plano anual que havia sido traçado para 2010 previa a arrecadação de uma receita avaliada em cerca de 31,6 milhões de meticais.
Contribuíram para este feito os sectores de construção e montagem de infra-estruturas económicas e sociais, de exploração de recursos minerais, inicio do registo da produção artesanal de materiais de construção (areia, granito e gnaisse), assim como o crescimento da agricultura impulsionada pela operacionalização do Plano de Acção para a Produção de Alimentos (PAPA- 2010/2011).
Ao longo do período em análise, a província de Nampula beneficiou-se da abertura de sete novos balcões bancários, perfazendo um total de 39 contra 32 existentes em 2009, o que representa um crescimento na ordem de 21,9 por cento.
O presidente da República reconheceu a existência de problemas na área de comercialização, sobretudo no que toca aos preços, facto que ocorre porque os produtores actuam isoladamente, abrindo espaço para que o comprador dite o preço de compra. Segundo Guebuza, para resolver o problema em causa os produtores deviam se organizar em associações para fixarem os preços em conjunto.
“Há ainda dificuldades no escoamento e comercialização, mas o programa em curso vai aumentando a abertura do mercado. Uma das saídas para resolver o problema dos baixos preços praticado ao produtor é o aumento da produção para reduzir os custos e a criação de associações”, disse Guebuza.
Tanto na arena política, a província de Nampula está a progredir e as estruturas políticas e do governo local estão a trabalhar para ultrapassar as dificuldades, disse Guebuza, adiantando que há problemas que não encontram resposta a nível local e que precisam de ser melhor analisadas.
Sobre a entrada de estrangeiros ilegais em Nampula, Guebuza disse que o Governo já tomou medidas para estancar este “surto” e uma dessas medidas é procurar saber como é que essas pessoas entram para depois se fechar as entradas.
“Graças a tomada dessas medidas, nos últimos dias, as entradas reduziram, porque as autoridades procuraram bloquear essas entradas”, explicou o Presidente Guebuza, tendo aflorado que do rol destas medidas conta-se ainda o enquadramento destes como refugiados e a outra é recambia-los.
No prosseguimento da Presidência Aberta e Inclusiva, o Presidente Guebuza iniciou, hoje, uma visita de trabalho a província de Cabo Delgado, também na zona norte de Moçambique.