A nadadora de longa distância australiana Chloe McCardel tornou-se a primeira pessoa a nadar quase 129 quilómetros em águas abertas e sem assistência, esta quarta-feira (22), durante uma travessia de 42,5 horas da ilha Eleutera, nas Bahamas, a Nassau, de acordo com a sua equipe de apoio.
Caso isso seja confirmado, McCardel, de 29 anos, terá completado “a mais longa maratona de nado solo em águas abertas contínua e sem assistência da história”, declarou a sua equipe num comunicado, acrescentando que a travessia respeitou os regulamentos internacionais determinados pela Federação de Nadadores de Maratona.
Sem usar nada além de um maiô comum, uma touca e óculos, McCardel foi saudada por seus apoiantes em Nassau, além do seu marido e equipe de apoio. “Sei que ela vai levar algum tempo para recuperar-se deste feito enorme, para o qual preparou-se durante toda a sua carreira na natação.
Ela está nas alturas por estabelecer este recorde desta maneira, e tem muito, muito orgulho de ser australiana”, afirmou o seu marido, Paul McQueeney, numa declaração.
McCardel já realizou sete travessias solo do Canal da Mancha, incluindo duas travessias duplas sem paradas. Em Junho deste ano, McCardel foi forçada a desistir de uma tentativa de se tornar a primeira pessoa a nadar de Cuba à Flórida sem uma gaiola antitubarões ao chocar-se com um cardume de medusas, que podem picar e cuja peçonha em alguns casos é venenosa.
McCardel foi retirada da água depois de nadar 11 horas da maratona de cerca de 164 quilómetros. Alguns meses depois, a nadadora de longa distância norte-americana Diana Nyad, de 64 anos, completou a prova em 53 horas, mas equipada com uma máscara de silicone e uma vestimenta, além de ter sido acompanhada por uma equipe que levava um dispositivo electrónico que emitia uma corrente para espantar tubarões.