M ais de 24 milhões de meticais, de um total de 33.509.500 meticais alocados ao distrito de Eráti nos últimos quatro anos, no âmbito do Orçamento de Investimento de Iniciativa Local (vulgo sete Bis), encontra- se nas mãos dos beneficiários que, até à data, não procederam aos respectivo reembolso.
Agostinho Chelua, administrador do distrito de Eráti, que facultou a informação nosso jornal, disse que, desde que arrancou, o processo em causa beneficiou 519 cidadãos, dos quais cerca de 400 ainda não conseguiram honrar com os compromissos contraídos.
O nosso entrevistado referiu que, devido à gravidade da situação, foi criada uma comissão específica que tem trabalhado nas localidades e postos administrativos com vista a pressionar os devedores a efectuarem o reembolso dos valores a que tiveram o acesso.
De acordo, ainda, com Chelua, o seu executivo desenhou um novo esquema em relação à cobrança dos valores em causa, que envolve a confiscação dos mutuários, como forma de pressioná-los ainda mais.
Há casos que remontam aos anos de 2006 a 2008 e poderão vir a ser encaminhados ao Tribunal, uma vez que os mutuários continuam insensíveis aos apelos que lhes dirigimos em vários encontros realizados para o efeito. Sublinhou a fonte.
Por outro lado, aquele governante disse, que apesar de grande parte dos casos constituirem créditos mal parados, existem algumas experiências animadoras, que resultaram no incremento da actividade agrícola, criação de pequenas empresas, nomeadamente industrias hoteleiras, moageiras, construtoras, que resultaram na criação de mais de mil postos de emprego