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Murrupula debate-se com baixa cobertura sanitária

A insuficiência de unidades sanitárias para assistência médica e medicamentosa preocupa a população do distrito de Murrupula. Segundo dados do governo local, o distrito conta presentemente com apenas sete unidades sanitárias, número muito insignificante para atender a demanda dos mais de 143 mil habitantes.

O caso já foi comunicado ao governador de Nampula, Felismino Tocoli, bem como ao Chefe do Estado, Armando Guebuza, na sua recente visita ao distrito.

As estatísticas indicam que cada uma das sete unidades sanitárias está para 20 mil pessoas. Albino Marcusa, director da Saúde, Mulher e Acção Social, explicou que este facto, aliado à enorme procura dos cuidados sanitários por parte das populações provoca o aumento da taxa de ocupação de camas nas unidades sanitárias.

Segundo a nossa fonte, apenas existem em todas as unidades sanitárias do distrito 55 camas hospitalares para um universo de 143.162 pessoas.

Para ele, a solução para o problema passa pelo aumento do número de estabelecimentos sanitários, o que, para além de proporcionar o aumento do nível de oferta, reduziria as longas distâncias que as populações são obrigadas a fazer até para terem acesso a simples uma aspirina ou paracetamol.

O distrito de Murrupula conta com um centro de saúde de referência, localizado na vila sede do distrito, e outros imediatamente inferiores, como é o caso do localizado em Nihessiue, sendo os restantes, postos de socorro, apenas para doentes em regime ambulatório, sem capacidade de internamento.

Segundo soubemos, as doenças que mais fustigam a população daquele distrito são a malária, diarreias, pneumonias, má nutrição e anemias graves.

No que diz respeito ao HIV/SIDA, apuramos que pelo menos setenta pessoas, entre adultos, crianças e mulheres grávidas, estão a beneficiar de tratamento com os Antiretrovirais.

Ao longo do ano findo, o nível de doentes que abandonaram aquele tipo de tratamento registou uma queda assinalável. Conforme dados estatísticos que indicam que apenas quatro pessoas abandonaram o tratamento, contra oitenta de 2009.

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