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Município aumenta penalização por urinar em locais públicos em Maputo

A assembleia Municipal de Maputo, reunida na sua última sessão, aprovou por proposta da edilidade a revisão da Postura de Parques, Jardins e Espaços verdes, que agrava a multa para os cidadãos apanhados a urinar nas vias públicas da capital de Moçambique. Mas a inexistências de sanitários públicos obriga, não raras vezes, aos citadinos a usarem às árvores e muros na via pública para fazerem as suas necessidades fisiológicas.

Segundo o director adjunto de Infra-estruturas no Município, António Simão Jr., em declarações ao jornal Notícias, esta revisão do valor actual da multa, que é de 100 meticais, para 200 meticais tem por objectivo estancar o hábito de urinar nas vias públicas particularmente em árvores e muros o que tem contribuído para a sua degradação e ainda a poluição do meio ambiente em Maputo.

Antonio Simão Jr. acrescentou que a ideia não é penalizar os citadinos da capital mas antes mudar a sua consciência sobre onde urinar levando-os a fazer as suas necessidades fisiológicas nos sanitários públicos que começam a existir nos locais de aglomeração de pessoas, como nos mercados e paragens de transporte.

Uma cidade sem sanitários públicos

As medidas tomadas pela Assembleia Municipal de Maputo, parecem estar algo desenquadradas ou desajustadas da penosa realidade desta urbe, cuja imundice nem aos olhos dos mais incautos e desatentos pode passar despercebido.

“Ninguém teria o bel-prazer de urinar junto às árvores na via pública sabendo que existem sanitários públicos para tal. As pessoas o fazem porque não há outra alternativa. Quando vamos pedir para fazer necessidades nalguns estabelecimentos comercias os proprietários ou responsáveis dos mesmos negam. E quando assim acontece o último recurso passa por urinarmos na rua. Isso é do domínio comum, não estranha a ninguém, sobretudo aos que conheçam a triste realidade desta urbe”, comenta António Zefanias, munícipe de Maputo.

Entretanto, o vereador das Actividades Económicas no município de Maputo, António Munguambe, afirmou que “a falta de sanitários públicos nas vias públicas, não pode justificar a falta do espírito de urbanidade das pessoas, isso não pode ser pretexto para atropelar a postura municipal”.

Para Munguambe perante a não existência de sanitários públicos nas ruas, as pessoas sentindo-se apertadas devem ou deviam recorrer aos mercados ou estabelecimentos comerciais que disponham deste tipo de infra-estruturas.

Questionado sobre quantos sanitários existem na cidade de Maputo, o vereador das Actividade Económicas disse, “não sei exactamente, pois tenho de consultar aos colegas que dirigem outros pelouros. Mas, devo dizer que o Conselho Municipal iniciou com a construção de sanitários públicos nalguns pontos de aglomeração de pessoas (paragens). Sendo que neste momento existem dois que estão a ser construídos, num universo de pouco mais de 30 que o município vai construir ainda este ano.

Refira-se que na sequência da revisão desta postura Municipal passam a ser penalizados com uma multa de 12 mil meticais aqueles que forem apanhados a abater ou queimar árvores sem autorização expressa da edilidade, liderada por David Simango.

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