O Governo da província do Niassa aprovou, entre 2009 e 2011, a concessão de cerca de 60 mil hectares de florestas para produção de madeira e captação de créditos de carbono pela multinacional Green Resources, da Noruega.
Parte desta área está direccionada para a plantação de eucaliptos e pinheiros e outra para conservação pela Fundação Malonda, uma agência moçambicana que visa promover o investimento privado para o desenvolvimento da Agricultura e Turismo na província do Niassa.
Segundo consta de um estudo sobre análise preliminar do fenómeno de usurpação de terra em Moçambique desenvolvido pela Justiça Ambiental e União Nacional de Camponeses (UNAC), Multinacional norueguesa com 60 mil hectares para exploração de madeira Cont. da pág. 1 o plantio de eucaliptos e pinheiros para produção de postes de transporte de energia eléctrica e de papel está sendo desenvolvido em áreas abandonadas pelos camponeses por serem improdutivas.
Trata-se das áreas de Cavago, distrito de Sanga, província do Niassa. Refira-se que a Green Resources está igualmente envolvida num projecto de desenvolvimento de plantações florestais de grande escala e instalação de uma fábrica de papel na província nortenha de Nampula, com um investimento estimado em cerca de dois biliões de dólares norteamericanos.
Para além de Moçambique, a multinacional norueguesa tem projectos do género na Tanzânia, Uganda e Sudão do Sul. Os resultados do estudo da Justiça Ambiental e UNAC foram apresentados semana finda, em Maputo.
