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Mudanças climáticas afectam 48 distritos em Moçambique – Alcinda Abreu

A ministra moçambicana para a Coordenação da Acção Ambiental, Alcinda Abreu, disse, Terça-feira, em Nova Iorque, que Moçambique é um dos países afectados pelos efeitos das mudanças climáticas, razão pela qual 21 distritos, dos 128 existentes no país, estão afectados pela seca e outros 27 pela degradação dos solos.

A ministra, que falava a imprensa moçambicana a margem da 66ª Sessão da Assembleia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), explicou que “ Moçambique é um dos países que tem sofrido grandes impactos por causa das mudanças climáticas com tendências a desertificação.

Por isso, temos 21 distritos dos 128 distritos existentes no nosso país afectados pela seca, bem como 27 distritos afectados pela degradação dos solos, mais conhecida por erosão”.

Refira-se que Alcinda Abreu foi hoje uma das oradoras na Reunião de Alto Nível da presente Sessão sobre a “Luta contra a desertificação, degradação de solos e seca, no contexto do desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza”.

Participam no evento Chefes de Estado e de Governo e de outros chefes de delegações. Sobre a reunião, Alcinda de Abreu explicou que é um evento que também visa preparar a “Cimeira Rio + 20”, que vai abordar a problemática da conservação da biodiversidade.

Sobre a intervenção de Moçambique na Reunião de Alto Nível, Abreu disse que “iremos caracterizar a situação no país, iremos também informar das medidas que o governo tem estado a tomar para mitigar os efeitos da seca, da degradação dos solos e também a nossa perspectiva de ver nesta reunião a criação de mecanismos sólidos que poderão permitir um programa ou plano de acção integrado para o combate a seca e a degradação dos solos”.

A ministra disse ser seu desejo encontrar uma solidariedade e consolidação para adopção destas medidas na perspectiva de reverter a situação dos solos degradados, bem como mobilizar maiores recursos para apoiar países como Moçambique que tem sofrido impacto negativo da desertificação.

Este apoio irá garantir que os países afectados possam assegurar a melhoria das condições de vidas da sua população e, por outro lado, melhorar a protecção dos ecossistemas.

Ao incluir este debate na agenda da presente sessão, a ONU pretende contribuir para a criação da consciência, ao mais alto nível, sobre a problemática da desertificação, da degradação dos solos e da seca, e reafirmar a necessidade do cumprimento de todos os compromissos relativos a Convenção sobre a matéria e respectivo Plano Quadro Estratégico decenal.

Pretende também consagrar elevada prioridade, na agenda internacional, a questão da desertificação, degradação dos solos e seca, e contribuir assim, para a preparação da Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável, a realizar-se em 2012, no Rio de Janeiro, Brasil.

O encontro recebeu o nome de Rio+20 e visa a renovar o engajamento dos líderes mundiais com o desenvolvimento sustentável do planeta, vinte anos após a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92).

Serão debatidos a contribuição da “economia verde” para o desenvolvimento sustentável e a eliminação da pobreza, com enfoque sobre a questão da estrutura de governação internacional na área do desenvolvimento sustentável.

A Rio+20 insere-se, assim, na longa tradição de reuniões anteriores da ONU sobre o tema, entre as quais as Conferências de 1972 em Estocolmo, Suécia, e de 2002, em Joanesburgo, África do Sul.

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