A Comissão Política do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) reúne-se, entre sábado (27) e domingo (28), na cidade da Beira, na província de Sofala, para delinear estratégias de participação nas eleições autárquicas de 20 de Novembro próximo.
Segundo o porta-voz do partido, José de Sousa, que falava esta quinta-feira (25), em Maputo, no encontro dessa Comissão serão analisadas as matérias relativas aos candidatos, a inscrição do partido para eleições autárquicas e será avaliado o processo de recenseamento eleitoral que terminou esta terça-feira (24).
De Sousa assegurou que o seu partido irá concorrer nas 53 autarquias do país. Afirmou ainda que a preparação para a corrida eleitoral que se avizinha começou em 2009, quando findaram os últimos pleitos.
Enquanto isso, o MDM inscreveu-se, esta quinta-feira (25), na Comissão Nacional de Eleições (CNE) como forma de garantir formalmente a sua participação nas eleições autárquicas marcadas para 20 de Novembro. Esta foi a primeira força política a registar-se na CNE, desde o inicio do processo de inscrição de partidos, coligações de partidos e grupos de pessoas, no dia 23 de Julho. O prazo vai até 06 de Agosto próximo.
MDM é pela prorrogação recenseamento
Entretanto, o delegado do MDM, a nível da cidade de Maputo, Elísio Freitas, defendeu a necessidade de se prorrogar o recenseamento eleitoral, terminado no dia 23 de Julho corrente, de modo a se compensar o período em que as máquinas ficaram avariadas.
Por um lado, Freitas entende que as situações de avaria e o fraco domínio do uso das máquinas de recensear, por parte dos brigadistas, que se registaram nos primeiros dias deste processo contribuíram para “afugentar” os eleitores.
Por outro lado, o político disse que as enchentes que se verificaram nos postos de recenseamento, no último dia da inscrição, dão azo a ideia de que muitas pessoas podem não ter conseguido recensear, daí que defende a posição de se dar oportunidade as pessoas que ainda não recensearam para o fazer.
“O recenseamento poderia ter sido melhor, mas teve um inicio turbulento, muitas dificuldades com as máquinas e com os próprios brigadistas. E isso fez com que o grosso de eleitores ficasse desapontado com o processo,” referiu o interlocutor.
Freitas mostrou-se também indignando com os casos reportados dando conta de que os secretários de bairros e supostos membros da Frelimo recolhiam dados dos cartões de eleitores para fins até aqui desconhecidos. E lamenta o facto de, como partido, não ter como actuar nesses casos.