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Mortes em ataques militantes disparam para máxima histórica, segundo um levantamento

O total de pessoas mortas em ataques militantes em todo o mundo saltou mais de 60 por cento no ano passado, para o número recorde de 18 mil, e pode crescer ainda mais em 2014 devido ao crescimento dos conflitos no Oriente Médio e na Nigéria, mostrou um relatório, esta terça-feira (18).

Quatro grupos islâmicos que operam no Iraque, na Síria, no Afeganistão, no Paquistão e na Nigéria foram responsáveis por dois terços dos ataques de 2013, e a ampla maioria das mortes aconteceu nestes países, disseram a Austrália e o Instituto para Economia e Paz (IEP), dos EUA, no seu Índice Global de Terrorismo.

No entanto, os ataques militantes estão em ascensão mais amplamente, com dezenas de países com mais de 50 mortes em 2013, disse o relatório. Os quatro grupos militantes mais activos são o Estado Islâmico no Iraque e no Levante (agora renomeado como Estado Islâmico), o nigeriano Boko Haram, o Taliban paquistanês e afegão e as redes internacionais ligadas à Al Qaeda.

“Não há dúvida de que é um problema crescente. As causas são complexas, mas os quatro grupos responsáveis pela maioria das mortes, todos, têm suas raízes no Islão fundamentalista”, disse o fundador do IEP, Steve Killelea. “Eles estão particularmente irritados com o avanço da educação ocidental. Isso torna especialmente difícil qualquer tentativa sobre o tipo de mobilização social precisada – pode simplesmente antagonizá-los ainda mais”, disse.

O número de ataques cresceu 44 por cento em 2013 sobre o ano anterior, para quase 10 mil. As mortes em tais ataques agora são cinco vezes maiores do que em 2000, mostrou o relatório, citando análises de dados do Banco de Dados de Terrorismo Global da Universidade de Maryland. A maioria dos ataques militantes foi motivada por religião.

Os ataques na Índia – o sexto país mais afectado – cresceram 70 por cento em 2013, em grande parte devido aos ataques de insurgentes comunistas. A maioria não foi letal. O relatório mostrou que 60 por cento dos ataques envolveram explosivos, 20 por cento armas de fogo e 10 por centro foram outras acções, como incêndio criminoso, ataques com facas ou com veículos motorizados.

Apenas 5 por cento de todos os incidentes desde 2000 envolveram ataques suicidas. O relatório mostrou que cerca de 80 por cento dos grupos militantes que cessaram as suas actividades desde 2000 fizeram-no depois das negociações. Apenas 10 por cento atingiram as suas metas, ao passo que 7 por cento foram eliminados por acção militar.

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