Fernando Mbofana, director Nacional de Saúde Pública, disse na abertura da reunião Nacional dos Comités de Auditores de Mortes Maternas, Neonatais e Perinatais, em Maputo, que visava avaliar os progressos feitos nesta área e traçar acções para estancar o mal, que cerca de 3.840 mulheres morrem todos os anos devido a complicações na gravidez, à hemorragia obstétrica, à ruptura do útero, à sepsia e à eclâmpsia.
Cintando o Inquérito Demográfico de Saúde (IDS) 2011, aquele quadro indicou que na zona rural o cenário continua preocupante e 45 porcento dos partos ainda acontecem fora das unidades sanitárias ou sem quaisquer formas de assistência por parte dos profissionais da Saúde.
A situação acima referida exige do Governo a expansão da rede sanitária e a construção de maternidades em locais onde há maior concentração de pessoas para que as mulheres tenham a assistência necessária nos serviços de parto. Em termos de disponibilidade, os hospitais cobrem apenas 60 porcento de todo o território moçambicano.
De referir que o Conselho de Administração do Banco Mundial anunciou que aprovou uma subvenção de 50 milhões de dólares norte-americanos para ajudar o Governo moçambicano a melhorar a transparência e a eficiência das despesas na distribuição de medicamentos, armazenamento, disponibilidade, como também na gestão de conselhos escolares, distritos e do orçamento.
Com o montante espera-se melhorar a disponibilidade de medicamentos em mais de 1.300 unidades sanitárias no país. Relativamente à Educação, o fundo deverá aumentar a eficácia da gestão em 4.348 escolas primárias completas que leccionam da 1ª a 7ª classe.