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Morreu o escritor britânico J.G. Ballard, autor de “O império do Sol”

O escritor britânico J.G. Ballard, célebre por seu livro “O império do Sol”, no qual conta os anos de sua infância passados em um campo de detenção japonês, morreu neste domingo, aos 78 anos, anunciou a sua agente.

Margaret Hanbury informou que J.G. Ballard encontrava-se doente há vários anos. O livro de Ballard foi adaptado para o cinema em 1987 com direção de Steven Spielberg. Nas telas, o personagem inspirado na vida do autor foi vivido pelo ator Christian Bale, o atual Batman, então uma criança.

Outro livro que resultou num filme conhecido foi o polêmico “Crash: Estranhos Prazeres, sobre pessoas com fascínio sexual por acidentes de carro, levado ao cinema por David Cronenberg, em 1996. Hanbury, que foi agente de Ballard por mais de 25 anos, destacou sua “forma arguta e visionária de observar o mundo”, o que o levou a escrever romances inquietantes e ganhar uma legião de fãs.

Apesar de geralmente ser descrito como escritor de ficção científica, Ballard afirmava que, na verdade, fazia “um retrato da psicologia do futuro”. Ele começou escrevendo contos de ficção científica relativamente convencionais, mas depois partiu para maiores aventuras, de estilo ‘new age’, que se focava no mundo além das estrelas e mais na socidade a seu redor.

A imaginação e a qualidade de sua obra fizeram de Ballard um sucesso comercial. No Brasil, foram publicados, além de “O império do Sol” e “Crash: estranhos prazeres”, os livros “O Reino do Amanhã”, “Sombras do Imperio” e “Terroristas do Milênio”. “JG Ballard tem sido um gigante do mundo literário por mais de 50 anos”, afirmou Hanbury.

Com “O império do Sol”, publicado em 1984, ele alcançou um público ainda maior. “Eu tenho recordações – não diria felizes – não desagradáveis da minha infância no campo”, afirmou ele, referindo-se ao acampamento do exército japonês em que passou três anos após o ataque de Pearl Harbour, em 1941.

James Graham Ballard voltou para a Grã-Bretanha em 1946, estudou medicina na Universidade de Cambridge e foi piloto da Real Força Aérea. Depois trabalhou numa agência de publicidade e editor assistente de uma revista de histórias de ficção científica antes de virar escritor em tempo integral.

Ele nunca mais deixou o Reino Unido e viveu por mais de 50 anos em uma casa de Shepperton in Surrey, sudeste de Londres.

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