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Morrem pelo menos 26 pessoas em confronto com polícia num protesto sunita no Iraque

Pelo menos 26 pessoas foram mortas quando as forças de segurança iraquianas invadiram um acampamento montado por muçulmanos sunitas para protestar perto de Kirkuk, Terça-feira (23), o que provocou um tiroteio entre as tropas e os manifestantes capaz de agravar as tensões sectárias.

Os confrontos foram os mais sangrentos desde que milhares de muçulmanos sunitas começaram a realizar protestos, em Dezembro do ano passado, para exigir o fim da sua marginalização pelo primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, que lidera um governo xiita.

O Ministério da Defesa do Iraque disse que as tropas responderam apenas depois de serem alvo de disparos no acampamento improvisado numa praça pública em Hawija, perto de Kirkuk, 170 km ao norte da capital Bagdad.

“Quando as forças armadas começaram… para fazer cumprir a lei a utilização de unidades de forças contra motim foram confrontadas com fogo pesado”, disse em comunicado o Ministério da Defesa.

Mas as lideranças à frente do protesto disseram que estavam desarmados quando as forças de segurança invadiram o local e começaram a disparar durante a operação no acampamento.

Os manifestantes e as autoridades locais deram relatos conflituantes sobre o número de vítimas, mas o Ministério da Defesa disse que morreram 20 pessoas do acampamento e três oficiais. Pelo menos três fontes militares disseram que seriam seis soldados e 20 manifestantes mortos.

“Quando as forças especiais invadiram a praça, não estávamos preparados e não havia armas…”, disse Ahmed Hawija, um estudante que participava das manifestações. Desde que as últimas tropas norte-americanas deixaram o país, em Dezembro de 2011, o governo do Iraque está mergulhado numa crise tentando equilibrar as forças entre xiitas, sunitas e partidos étnicos curdos.

Os críticos de Maliki acusam-no de acumular poder às suas custas.

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