Morreu neste sábado o ex-primeiro-ministro de Israel Ariel Sharon, aos 85 anos, que estava em coma por oito anos depois de sofrer um derrame, informaram a família do ex-líder e o governo de Israel.
O filho de Sharon, Gilad, anunciou a morte no hospital onde o pai estava internado. Os médicos já haviam afirmado recentemente que a morte do ex-primeiro-ministro era iminente, depois que seu estado de saúde piorou na última semana.
Ministros do atual governo de Israel e políticos da oposição lamentaram a perda do duro e hábil líder que deixou marcas na região por meio de invasão militar, construção de assentamentos judaicos em terras capturadas e uma decisão unilateral de retirar as tropas israelenses e os colonos da Faixa de Gaza em 2005.
“A nação de Israel perdeu hoje um homem querido, um grande líder e um guerreiro ousado”, disse, em nota, o ministro de Assuntos Estratégicos Yuval Steinitz.
Não houve comentários imediatos por parte do presidente palestino Mahmoud Abbas, que vem mantendo negociações de paz com o atual primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Mas, em Gaza, os islamistas do Hamas celebraram a morte de Sharon.
“Nós nos tornamos mais confiantes na vitória, com a partida deste tirano”, disse o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zurhi, cujo movimento prega a destruição do Estado judeu. “O nosso povo hoje sente extrema felicidade com a morte e partida deste criminoso cujas mãos estavam manchadas com o sangue de nosso povo e o sangue de nossos líderes aqui e no exílio”.