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Moradores de Muthita consomem água imprópria

Os residentes do bairro de Mutauanha, na unidade comunal de Muthita, arredores da cidade de Nampula, consomem água imprópria devido ao facto de o Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água (FIPAG) ter interrompido o seu fornecimento há seis meses.

Para minimizar o sofrimento por que passam, os moradores recorrem a riachos e aos poços tradicionais. Apesar de se afirmar que a água é incolor (não tem cor), inodora (não tem cheiro) e insípida (não tem sabor), o líquido consumido pelos moradores de Muthita para sobrevirem apresenta, para além de impurezas, uma coloração acastanhada e, por vezes, avermelhada. E nenhum tratamento é feito com vista a matar os micróbios, o que coloca em risco a sua saúde.

Para encontrar água potável, os moradores de Muthita devem percorrem mais de cinco quilómetros, sendo os bairros circunvizinhos as principais alternativas para obter apenas um bidão de 25 litros, ao custo de cinco meticais cada.

Julieta Amisse, é uma das pessoas que vivem o drama a que referimos. Encontramo-la com um recipiente de água na cabeça ido de algures em Muthita à procura do liquido vital. Contudo, disse-nos que mensalmente alguém vai à sua casa deixar facturas dando conta de um consumo por ela não efectuado. O mesmo acontece com os seus vizinhos.

Por várias vezes, a nossa interlocutora e os moradores de Muthita submeteram reclamações ao FIPAG mas até este momento não tiveram nenhuma resposta satisfatória.

Bernardo António, secretário da zona, abriu três poços na seu quintal para minimizar o sofrimento da população.

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