Monitores internacionais disseram neste sábado ter recebido permissão para visitar com mais frequência o local onde o avião de passageiros da Malásia caiu, uma região controlada por rebeldes no leste da Ucrânia, embora homens armados ainda impeçam que se aproximem de alguns dos destroços.
Num cenário às vezes tenso, no qual os rebeldes pró-Rússia mostram-se claramente desconfortáveis com a presença de observadores e da imprensa, um funcionário de alto-escalão da Organização para a Segurança e Cooperação da Europa (OSCE) disse que o acesso melhorou desde a chegada de representantes da entidade na sexta-feira.
A garantia da segurança no local e a preservação das evidências é crucial para que os investigadores tentem reconstituir o que, e quem, fez o avião cair, embora algumas autoridades tenham sugerido que o cenário da queda já foi comprometido nos dois últimos dias.
“Agora tivemos a possibilidade de ver um pouco mais desse cenário um tanto extenso. Observamos a situação aqui da maneira como nos foi apresentada”, disse Alexander Hug, vice-monitor-chefe da missão de monitoramento especial enviada à Ucrânia pela OSCE.
“Também tivemos a possibilidade de falar com aqueles que estão no comando aqui, e… falar com os moradores do vilarejo local”, acrescentou.
Ele disse a jornalistas: “Como em qualquer trabalho, a cooperação melhora ao longo do tempo… tivemos um acesso melhor hoje.”
Na sexta-feira, um grupo de monitores foi impedido de fazer o seu trabalho por “equipes armadas, que agiram de modo muito pouco cortês e não profissional”, disse um porta-voz da OSCE.